A acção de protesto, de carácter nacional e que deve prolongar-se até 9 de Setembro, estava programada para o ano que vem, mas foi antecipada na sequência do motim ocorrido na instalação penitenciária de Lee, uma prisão de máxima segurança na Carolina do Sul onde, em Abril último, sete reclusos perderam a vida.
Num comunicado divulgado pela rede de defesa dos reclusos Jailhouse Lawyers Speak, afirma-se que «o motim poderia ter sido evitado caso a prisão não estivesse sobrelotada», situação que, no entender da organização, se fica a dever à política de «encarceramento em massa e desrespeito pela vida humana que marcam a ideologia penal» norte-americana.
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Por seu lado, a Prensa Latina indica que reclusos de alguns estados já foram ameaçados pelas autoridades, que «os avisaram que sofreriam as consequências se participassem na greve». Ainda assim, os presos mostram-se determinados, tendo elaborado uma lista com dez exigências a nível nacional.
Entre elas, contam-se: melhorias imediatas nas condições de vida nas prisões; o fim imediato da «escravidão prisional» (trabalho obrigatório a troco de «salários miseráveis»); a eliminação da «morte por encarceramento» ou das condenações a pena perpétua sem liberdade condicional; o acesso de todos os presos a programas de reabilitação, para os quais se exige maior financiamento; o fim de práticas racistas de condenação, que fazem sobretudo dos negros um alvo. (Abril)
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Reclusos norte-americanos em greve contra a «escravidão moderna»
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