quarta-feira, 2 de maio de 2012

A Etxerat exigiu ao Governo espanhol que deixe de fazer «chantagem política» com os direitos dos presos

Membros da associação Etxerat, juntamente com amigos e familiares de presos que tiveram acidentes no fim-de-semana passado, deram uma conferência de imprensa hoje de manhã em Bilbo, na qual recordaram, precisamente, os acidentes mais recentes ocorridos em função da aplicação da política de dispersão e que envolveram familiares e amigos dos presos políticos Iñaki Arakama, Oskar Calabozo, Gorka Vidal, Iñaki Alonso, Txetxu Barrios e Iñaki Beaumont.

Na ocasião, divulgaram os ferimentos resultantes do acidente que tiveram os familiares e amigos dos presos Calabozo, Vidal e Alonso - todos eles têm de usar colete cervical e a irmã de Alonso sofreu um traumatismo cranioencefálico. Nos outros dois acidentes não houve feridos.
A Etxerat realçou o facto de a política de dispersão ter provocado sete acidentes em 2012 e ter feito dezasseis mortos desde que foi implementada.

Neste sentido, pediram aos responsáveis políticos que se deixem de «desculpas esfarrapadas» e que deixem de usar as suas vidas como «moeda de troca» para fazer política. «O direito dos presos bascos a cumprir pena nas prisões de Euskal Herria é um direito fundamental; todas as pessoas têm os seus direitos e estes não podem ser alvo de chantagem», afirmaram.

A Etxerat também abordou o Plano de Reinserção apresentado pelo ministro do Interior do Estado espanhol, Jorge Fernandez Diez, considerando que não se trata de um passo em frente. Para a Etxerat, esse plano «manifesta a intenção de dar continuidade às políticas de excepção e, em simultâneo, de continuar a apoiar a política de dispersão que nos castiga».
Os representantes da Etxerat solicitaram aos responsáveis políticos que não brinquem com as suas «vidas» e pediram-lhes que «acabem de imediato» com a política de dispersão. / Fonte: Gara / Ver também: etxerat.info (eus) / etxerat.info (cas)

Familiares de Eneko Goieaskoetxea enfrentam múltiplos obstáculos nas visitas
Familiares do preso Eneko Goieaskoetxea afirmaram que deparam com cada vez mais problemas nas visitas que realizam na prisão de Belmarsh, em Inglaterra. Segundo fizeram saber, as visitas foram alteradas sem qualquer aviso, tendo passado de uma hora e meia para uma hora.
Acrescentam que os controlos são muito rigorosos e que os obrigam a falar em inglês ou com a presença de um tradutor, algo que esteve na origem de problemas na visita de sábado. Entre as pessoas que foram ver Goieaskoetxea encontrava-se o pai da sua companheira, a quem fora concedida autorização, depois de um longos trâmites processuais. Não obstante, a visita não se pôde realizar porque não havia tradutor, nem sequer um gravador, cuja utilização já foi permitida à família. Por ter protestado, o preso foi levado para a solitária, ainda que, horas depois, o tenham tirado de lá.
A visita acabou por se realizar no dia seguinte, mas os familiares afirmam que voltaram a enfrentar muitas dificuldades. Ainda no sábado, dia de aniversário de Goieaskoetxea, cortaram-lhe a comunicação quando falava com os seus pais, porque o tradutor não percebeu palavras como «zorionak». [Sim, o euskara é difícil, mas a repressão é bastante estúpida.] / Fonte: Gara

Sexta-feira, dia 4, ongi etorri a Ainhoa e Igarki em Gasteiz
Esta sexta-feira, ongi etorri caloroso aos jovens gasteiztarras Igarki De Robles e Ainhoa Villaverde, depois de terem passado mais de um ano em várias prisões espanholas. Igarki De Robles foi detido em Outubro de 2010, tendo passado pelas prisões de Navalcarnero, Aranjuez e de Múrcia antes de ser libertado, em 17 de Março de 2012.
Ainhoa Villaverde, por seu lado, foi presa em Dezembro de 2010, tendo sido libertada no dia 27 de Março de 2012; encontrava-se em Soto del Real. Na sexta-feira, haverá jantar. Entradas (12 euros) à venda na Txapelarri. / Fonte: gazteiraultza.info