Começou ontem, 4, no tribunal de excepção espanhol, o julgamento de dez jovens da Comarca de Pamplona acusados de pertencer à Segi, para os quais o Ministério Público pede dez anos de cadeia. Na sessão de hoje, os três arguidos que não tinham deposto ontem relataram os maus-tratos e as torturas sofridos às mãos da Polícia. Antes do início da sessão, os jovens realizaram uma concentração frente ao tribunal para denunciar a tortura.
Gorka Sueskun, um dos réus, negou as declarações que efectuou na esquadra, uma vez que foram realizadas «sob pressões psicológicas e maus-tratos». Gorka afirmou que, em Iruñea, foi submetido por três vezes à tortura do «saco» e que ameaçaram metê-lo numa banheira com eléctrodos. Depois, voltou a ser torturado em Madrid, onde lhe disseram o que tinha de assinar, relatou.
Terminados os depoimentos dos jovens, estes pediram ao tribunal que os deixasse ausentar-se da sala enquanto estivessem a depor os «polícias» que acusam de os ter torturado, mas o juiz obrigou-os a ficar na sala e a ouvir as declarações dos seus torturadores. Expulsou um dos réus por protestar. Os «polícias» negaram as acusações de maus-tratos e mostraram uma manifesta falta de memória em mais de uma ocasião, «não sabendo», «não se lembrando». / Ver: topatu.info
terça-feira, 5 de maio de 2015
Juiz obrigou jovens de Iruñerria a ouvir depoimentos dos «torturadores»
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