Na conferência de imprensa que hoje deram frente ao edifício que ocupam na Rua Compañia desde 5 de Dezembro, representantes da assembleia do gaztetxe de Iruñea [Pamplona] revelaram que aceitaram um dos espaços que lhe foram propostos em alternativa pela Câmara Municipal. Afirmaram ainda que a ocupação é «não só um instrumento legítimo para conquistar espaços, mas também uma via que se mostrou útil para construir projectos de autogestão». O edifício onde se encontram «nunca foi um fim em si mesmo, mas um meio para levar a cabo o nosso projecto», sublinharam.
Depois de recordarem que sempre se mostraram dispostos a dialogar - com a Nasuvinsa (proprietária), o Governo de Nafarroa e, de forma paralela, com a Câmara Municipal de Iruñea -, criticaram as ameaças de despejo por parte do Geroa Bai - esta semana apareceu um notário no gaztetxe para os identificar e ameaçar, mais uma vez, com a abertura de um processo judicial -, bem como a «intoxicação interessada de certos órgãos de comunicação, alegados agentes da mudança», disseram.
Graças à «mobilização»
A assembleia aceitou um dos edifícios que o Município propôs como alternativa ao da Compañia kalea, mas sublinhando que tal não se deveu a pressões, «antes à firme determinação de conseguir um espaço que se adequasse às necessidades e características» do seu projecto. E continuam onde sempre estiveram: «denunciando a existência de espaços vazios e defendendo espaços geridos pela juventude», destacaram. Os jovens dão grande valor a esta «conquista do movimento popular e juvenil» e recordam que, se ela foi possível, se fica a dever à «mobilização popular e não a concessões institucionais». / Ver: lahaine.org e topatu.eus