Passam hoje 44 anos sobre o massacre do Bloody Sunday (Domingo Sangrento), em Derry (Irlanda), no qual 14 republicanos foram mortos a tiro pelo Exército britânico, após uma manifestação em defesa dos direitos civis e contra as detenções e os encarceramentos de republicanos irlandeses. A este propósito, a Associação 3 de Março, de Gasteiz, e a iniciativa Bloody Sunday, de Derry, tornaram público o manifesto conjunto «Derry Gasteiz: We shall overcome, venceremos».
Na declaração, as duas associações reafirmam a sua ligação e o compromisso com a memória, a justiça social e os direitos civis, sublinhando a «completa solidariedade e empatia entre a memória do Bloody Sunday e a do 3 de Março de 1976, solidariedade extensível a todo o povo de Derry e de Gasteiz que sofreram aquelas agressões».
Acrescentam que em ambos os casos houve uma «intencionalidade clara», que as agressões «foram perfeitamente planificadas e protagonizadas por forças armadas do Estado contra populações desarmadas e indefesas», e destacam o facto de o direito à verdade, justiça, reparação e garantia de não-repetição não estar a ser respeitado no Estado espanhol, onde impera um «escandaloso modelo de apoio à impunidade».
Afirmam que continuarão a trabalhar em prol da memória, por ser essa a melhor homenagem a todos os que ficaram no caminho da luta. «Por elas, we shall overcome, venceremos», refere o texto, que é subscrito por José Luís Martinez Ocio, presidente da Martxoak 3 Elkartea e irmão de Pedro Mari, uma das vítimas de Gasteiz, e Tony Doherty, fundador da iniciativa pela justiça Bloody Sunday e filho de Patrick Joseph, uma das 14 pessoas assassinadas em Derry. / Ver: naiz
sábado, 30 de janeiro de 2016
Martxoak 3 e Bloody Sunday: compromisso com memória, justiça social e direitos civis
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