sábado, 9 de janeiro de 2016

Novo processo judicial contra 27 militantes da esquerda abertzale

Acusados de «branqueamento de capitais» e «colaboração com organização terrorista» [o Batasuna], 27 militantes da esquerda abertzale aparecem envolvidos num processo separado do 04/08, que está actualmente a ser julgado em Madrid. Este processo relaciona-se com as contas do EHAK [Partido Comunista das Terras Bascas] e esteve em segredo de justiça desde 2008. 22 dos imputados têm de depor no tribunal de excepção na segunda e na terça-feira.

Alguns dos visados deram ontem uma conferência de imprensa em Donostia. Da lista de «eleitos» constam: Martxelo Alvarez, Gotzon Amaro, Eli Zubiaga, Urko Aiartza, Gorka Elejabarrieta, Jon Andoni Lekue, Xabi Larralde, Zigor Gogeaskoetxea, Jean Claude Aguerre, Giuliano Cavaterra, Patricia Martinon, Gregorio Jimenes, Idoia Aiastui, Mikel Aznar, Ainhoa Landaberea, Imanol Nieto, Nerea Goikoetxea, Eider Imaz, Asier Coloma, Hodei Egaña, Miguel Lejarza, Arkaitz Rodriguez, Iñaki Intxusta, Joseba Lizarbe, Asier Altuna, Fernando Gaztelu e Juan Carlos Tapia.

Os presentes na conferência de imprensa destacaram que, tal como noutros julgamentos políticos, o que se persegue é «a actividade política pública» e referiram que já em 2008 foram intimados a depor sobre movimentos nas contas do EHAK, mas que o processo ficou em segredo de justiça até hoje, quando, de repente, o decidiram «reactivar».

Lembraram que, enquanto estiverem a depor, numa outra sala do tribunal de excepção estará a decorrer o julgamento de 35 militantes da esquerda abertzale e que, no dia 12, cinco donostiarras serão julgados por participação num ongi etorri a um preso. Em seu entender, isto mostra como o Estado espanhol continua a utilizar a repressão e a perseguição política para não ultrapassar o conflito. Por seu lado, defenderam: «Queremos um país sem julgamentos políticos. Queremos uma solução e uma paz duradoura, e faremos o que estiver ao nosso alcance para mover a pedra do imobilismo.» / Ver: hiruka.eus