segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Esquerda ‘abertzale’ critica imposição da bandeira espanhola em Durango


Desde terça-feira passada, 29 de Julho, por iniciativa da formação que governa o Município de Durango, o PNV, o edifício camarário conta com um terceiro mastro, do qual pende a bandeira espanhola. A esquerda abertzale criticou com dureza o procedimento do partido jeltzale e acusou-o de levar a cabo uma operação planeada de antemão.

Para começar, a esquerda abertzale presta atenção ao modo como se procedeu à operação de colocação da bandeira vermelha e amarela em Durango. Lembra que a autarca jeltzale, Aitziber Idigoras, informou as restantes formações só um dia antes da imposição da bandeira. Além disso, critica o facto de na segunda-feira à noite haver em todas as caixas de correio um texto «cheio de desculpas baratas” para justificar a colocação.
“Por conseguinte, tinham as coisas mais que planeadas”, critica a esquerda abertzale, que lembra ainda que a operação foi realizada quando a maioria dos moradores se encontrava fora do município, quase em Agosto e nas vésperas de uma ponte.
O facto de o PNV se ter visto forçado a distribuir um folheto informativo relacionado com a colocação do símbolo espanhol faz a esquerda abertzale pensar que a formação jeltzale actuou “com medo da atitude que possa prevalecer no povo”, em alusão à maioria de cidadãos que se negam a aceitar a bandeira espanhola na Câmara Municipal de Durango.

Símbolo da imposição
Nos textos distribuídos, segundo critica a força independentista, o PNV justifica a colocação do símbolo como um acto “no caminho da paz”.
A esse respeito, a esquerda abertzale denuncia que, se o objectivo dos jeltzales fosse esse, “jamais colocariam a bandeira espanhola no Município, pelo bem de Durango”.
Mais ainda, os independentistas entendem que, deste modo, o que a formação jeltzale verdadeiramente está a fazer é “proteger a estratégia de guerra que o Estado espanhol leva a cabo contra Euskal Herria”, uma vez que a bandeira espanhola simboliza a imposição, a partição territorial e a negação do direito a decidir.

Fonte: Gara