domingo, 6 de fevereiro de 2011

Denunciam em tribunal a violenta acção de despejo num armazém de Iruñea


Nove pessoas, apoiadas por uma vintena de membros da iniciativa «Kapitalismotik at», apresentaram queixa no Tribunal de Instrução de Iruñea, na sexta-feira, por causa da violenta acção de despejo de que foram alvo há uma semana, quando se encontravam num armazém que tinham ocupado no bairro de Errotxapea. O armazém não era utilizado há sete anos.
Antes de comparecerem, um a um, perante o juiz de guarda, os jovens disseram em conferência de imprensa que o despejo foi liderado pelo chefe da Polícia Municipal de Iruñea, Simón Santamaría, e que, além de identificarem 45 pessoas, lhes confiscaram ilegalmente os seus telemóveis e agrediram alguns dos presentes. Tal como figura na queixa que interpuseram, a apreensão dos seus telemóveis representa uma violação da intimidade, que é «um direito fundamental reconhecido pela própria Constituição espanhola».
Também deixaram registado por escrito que o despejo se efectuou sem qualquer aviso, sem que o proprietário do armazém tivesse apresentado qualquer queixa e sem o respectiva ordem judicial.
Os queixosos consideram que foi violada a privacidade das comunicações e o direito à proteção de dados, bem como o princípio da legalidade e o direito à sua integridade física e moral. Pediram ainda ao juiz que solicite à Polícia Municipal a entrega dos telemóveis que ainda não devolveu aos respectivos donos.
Às 19h00, uma centena de jovens manifestou-se na Alde Zaharra de Iruñea.
Iñaki VIGOR
Fonte: Gara

Mais informação sobre o despejo: «Despejam ilegalmente o novo Gaztetxe de Iruñea» (lahaine.org)