terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A solidariedade com os presos políticos bascos percorre o mundo

A solidariedade com os presos políticos bascos chegou nestes dias a numerosos pontos do planeta, no âmbito da semana internacional de solidariedade com Euskal Herria.

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A denúncia da violação dos direitos dos prisioneiros políticos bascos e a solidariedade com o colectivo chegou a diversos cantos do planeta no âmbito da semana internacional de solidariedade com Euskal Herria, que decorre até 20 de Fevereiro.
A iniciativa «Fotografias das perseguidas e dos perseguidos políticos bascas para a rua» está a ter um grande êxito e a denúncia da situação dos presos foi já vista em Portugal, Dinamarca, Noruega, Argentina, Uruguai, Suíça, Itália, Estado francês, Estado espanhol, Escócia, Irlanda, Inglaterra...
Fonte: Gara / Na foto, gente solidária em Lille (Estado francês).

Voltam a colocar uma placa de Mikel Zabalza em Altza, depois de a Câmara a ter retirado
No mês passado a Câmara Municipal de Donostia retirou uma placa em homenagem a Mikel Zabalza de uma parede do frontão de Altza. Zabalza foi detido e torturado até à morte pela Guarda Civil há 25 anos, e a placa em sua homenagem encontrava-se nesse local havia 20 anos. Então, segundo divulgou o Movimento pró-Amnistia, familiares de Zabalza e moradores do bairro de Altza puseram-se em contacto com o Município, tendo conseguido recuperar a placa. Assim, no sábado passado, dia em que se cumpria o 30.º aniversário da morte de Joxe Arregi, voltaram a colocá-la no seu local.

Já em Hernani (Gipuzkoa) familiares e amigos de Javier Alberdi Pastelero comunicaram que o monumento em sua homenagem foi retirado do local onde se encontrava pela segunda vez. Pastelero foi deportado para longe de Euskal Herria, e viveu no Togo até morrer, em Fevereiro de 1989. Na nota emitida pelo Movimento pró-Amnistia de Hernani, salienta-se o facto de «a retirada do monólito constituir um ataque contra a lembrança dos hernaniarras mortos pela repressão, contra a liberdade de expressão deste povo e contra a memória colectiva». Fizeram questão de lembrar que as pessoas mortas em consequência da violência do Estado «não têm reconhecimento», e que muitas vezes estas mortes foram ocultadas pela manipulação da «mentira».
Roubo em Sopela
Ontem, o Movimento pró-Amnistia deu a conhecer uma situação que ocorreu em Sopela (Bizkaia) no início de Janeiro. Um «cárcere solidário» que tinha sido colocado na rua precisamente em solidariedade com os presos foi destruído por «três encapuzados, com os cacetetes que tinham nas mãos», segundo afirmaram. De acordo com a mesma nota, «eram três membros de um corpo policial», que agiram «com total impunidade». Não obstante, asseguraram que a solidariedade não irá parar.
Fonte: Gara / askatu.org / etengabe