domingo, 6 de fevereiro de 2011

Em Zornotza, conterrâneos e amigos recebem Saioa Agirre, apesar da Ertzaintza


Saioa Agirre saiu em liberdade na quinta-feira, depois de pagar uma fiança de 30 000 euros. Chegou a Zornotza (Bizkaia) por volta da 1h00. Nessa altura, já se tinham juntado umas 200 pessoas para recebem e expressarem apoio a Saioa. Com toda esta gente junto à Herriko Taberna, apareceram dezenas de ertzainas em oito carros-patrulha e duas furgonetas (por volta da 1h15). Então, gerou-se grande tensão, por entre identificações, insultos, ameaças de detenção e empurrões por parte dos agentes. Por fim, duas pessoas tiveram de apresentar o B.I. e, às 2h00, tudo acabou.
Na nota emitida pelo Movimento pró-Amnistia afirma-se ainda que nada de grave aconteceu «porque as pessoas se mantiveram calmas perante as provocações da Ertzaintza» e que «a solidariedade com os perseguidos políticos não irá parar». «A solidariedade não é nenhum crime e, como tal, na sexta-feira que vem, às 19h00, os cidadãos de Zornotza vão dar outra vez um ongi-etorri a Saioa», anunciaram.
Fonte: askatu.org
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A Polícia espanhola interrompe viagem solidária a Tarascon
De acordo com o portal BurlataHerria, o autocarro que na sexta-feira partiu de Burlata (Nafarroa) com destino às prisões de Tarascon e a Arles (Estado francês), no âmbito de uma iniciativa solidária com os presos Mikel Almandoz e Jon González em que também participou um autocarro proveniente de Santutxu (Bilbo), era esperado pela Polícia espanhola à saída dos túneis de Ezkaba e foi depois retido durante uma hora. Todos os 43 ocupantes – habitantes de Burlata e Atarrabia (Nafarroa) – foram identificados, revistados e filmados.

Félix Placer diz ao juiz que vela pelos presos e pelas vítimas
O padre Félix Salvador Placer Ugarte teve de depor como testemunha perante o juiz da Audiência Nacional espanhola Santiago Pedraz, em virtude de ter participado como convocante da marcha que se realizou em Bilbo no passado dia 8 de Janeiro por iniciativa da plataforma «Egin dezagun urratsa» e à qual aderiram 64 000 pessoas. Poucos dias volvidos, a Procuradoria espanhola apontou para ali as baterias, com o argumento de que, durante a manifestação, «se podia ter cometido um crime de enaltecimento do terrorismo».
A testemunha, membro da Coordenadora de Sacerdotes de Euskal Herria, disse ao juiz que duas pessoas «do grupo de 100» que se reúnem às sextas-feiras para reclamar os direitos dos presos políticos bascos lhe pediram que assinasse a autorização, o que aceitou porque «se assegurou de que não havia grupos pró-etarras». Disse que respeita as instituições e que «não quer a violência», acrescentando que «vela pelos direitos dos presos da ETA e das vítimas».
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Sentença da AN
Ainara Vázquez, por seu lado, foi absolvida pela Audiência Nacional do crime de cooperação com a ETA, pelo qual o magistrado do MP pedia 7 anos de prisão. Vázquez foi detida em Junho de 2009 juntamente com Patxi Uranga e Olatz Lasagabaster, que foram julgados no passado dia 19 de Janeiro.
Numa mesma sentença, o tribunal condena Uranga e Lasagabaster a 12 anos de prisão por pertença à ETA e por depósito de explosivos.
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Mobilizações
Em defesa dos direitos dos presos, na quarta-feira concentraram-se 100 pessoas no Arriaga, em Bilbo, 45 em Atarrabia e 107 em Burlata. Na quinta-feira, em Iruñea juntaram-se 67 pessoas nos bairros de Iturrama e Donibane, 19 no de Arrosadia, 65 no da Txantrea e 40 na Alde Zaharra.
Na sexta-feira, reunira-se 30 pessoas em Antzuola, em Deba e em Lizarra 45, em Oñati 60, em Getaria 35, em Lekeitio 102, em Ondarroa 207, na Sabin-Etxe, em Bilbo, 120, em Bergara 82 e em Ugao 35. Para além disso, em Elizondo e Arbizu juntaram-se 40, em Lazkao 60, em Mundaka 21, em Berriozar 45, em Amurrio 55, em Gatika e Barañain 42, em Soraluze 53, em Algorta 122, em Andoain 48, em Lezo 38, em Bera 22, em Gasteiz 460, em Donostia 105, em Urretxu-Zumarraga 50, em Elgoibar 53, em Zizur 30, em Larraga 32, em Etxarri-Aranatz 71 e em Iruñea 260.
Fonte: Gara

De acordo com o Movimento pró-Amnistia, em Zarautz, também na sexta-feira, 250 pessoas participaram numa manifestação para exigir a liberdade de Tximas, no âmbito de múltiplas iniciativas que estão a decorrer nesse sentido.