Um membro do TAT e um representante do Movimento do Movimento pró-Amnistia deram ontem uma conferência de imprensa em Bilbau para anunciar as mobilizações que terão lugar por todo o País Basco no dia 13 de Fevereiro - Dia contra a Tortura -, com o lema «Torturarik ez!».
Nesse dia, passam 30 anos sobre a morte de Joxe Arregi, que faleceu depois de duramente torturado. «Nesse dia iremos evocar Joxe Arregi e todos os outros doze cidadãos bascos torturados até à morte», afirmaram.
Em Gasteiz, haverá uma concentração às 12h00 na Correos Plaza; meia hora mais tarde, terá início uma manifestação em Bilbo, que partirá do Arriaga, e às 13h00 haverá uma cerimónia de homenagem a Arregi na sua terra natal, Zizurkil (Gipuzkoa). Em Iruñea, a concentração será às 12h00 na Gaztelu Plaza.
Fonte: Gara
«13 de Fevereiro, dia contra a tortura»
Em 1981, detiveram e torturaram duramente durante nove dias o cidadão de Zizurkil Joxe Arregi. Depois desse inferno de nove dias em que permaneceu incomunicável, deu entrada no hospital de Carabanchel numa situação lamentável. O seu corpo estava arroxeado e com várias queimaduras, e não resistiu muito tempo. As suas últimas palavras naquele dia 13 de Fevereiro evidenciam a dureza do tormento a que foi submetido. Oso latza izan da (foi muito duro), foi essa a frase que disse antes de morrer.
Patxi Arratibel escreveu aztnugaL no depoimento policial que efectuou na presença da Guarda Civil em meados de Janeiro deste ano. Pediu ajuda para sair do inferno da tortura. Apesar da passagem dos anos, o inferno da tortura permanece presente em Euskal Herria. Passam os meses e as denúncias de tortura amontoam-se nos arquivos dos tribunais.
De acordo com os dados recolhidos pela Fundação Euskal Memoria, ao longo dos últimos 50 anos mais de 10 000 cidadãos bascos foram submetidos a esta selvajaria. Todos os Governos que conhecemos recorreram à tortura na louca espiral repressiva contra Euskal Herria.
Dizemos que a tortura é sistemática, e o ano passado é disso um claro exemplo. Em 2010, ertzainas, guardas civis e polícias espanhóis torturaram 63 pessoas em Euskal Herria.
Nestes tempos em que, em Euskal Herria, estamos a trabalhar para abrir um novo ciclo político, o Governo espanhol fez da tortura a sua principal arma para colocar obstáculos a este caminho. Há que salientar que, perante cada passo de aproximação dado pela organização ETA, os polícias não fizeram mais que aumentar o recurso à tortura. E isto responde claramente a objectivos políticos. O Governo espanhol mantém a decisão política de recorrer à tortura, e de forma bastante selvagem.
Durante os últimos meses, houve várias mobilizações e iniciativas contra a tortura em Euskal Herria. Mas é óbvio que o caminho percorrido não é suficiente. As denúncias de tortura sucedem-se, uma atrás doutra, provenientes das esquadras e da Audiência Nacional espanhola. Assim, está claro que temos trabalhar mais ainda do que fizemos até agora.
No dia 13 de Fevereiro cumprem-se 30 anos desde que torturaram Joxe Arregi até à morte. Nesse dia, iremos evocar Joxe Arregi e os outros doze cidadãos bascos que foram mortos pela tortura.
Nesse dia, traremos novamente para as ruas a mensagem contra a tortura.
Como tal, fazemos um apelo à participação nas múltiplas mobilizações que irão ter lugar em diversos lugares do território basco.
Fonte: askatu.org via lahaine.org
Nesse dia, passam 30 anos sobre a morte de Joxe Arregi, que faleceu depois de duramente torturado. «Nesse dia iremos evocar Joxe Arregi e todos os outros doze cidadãos bascos torturados até à morte», afirmaram.
Em Gasteiz, haverá uma concentração às 12h00 na Correos Plaza; meia hora mais tarde, terá início uma manifestação em Bilbo, que partirá do Arriaga, e às 13h00 haverá uma cerimónia de homenagem a Arregi na sua terra natal, Zizurkil (Gipuzkoa). Em Iruñea, a concentração será às 12h00 na Gaztelu Plaza.
Fonte: Gara
«13 de Fevereiro, dia contra a tortura»
Em 1981, detiveram e torturaram duramente durante nove dias o cidadão de Zizurkil Joxe Arregi. Depois desse inferno de nove dias em que permaneceu incomunicável, deu entrada no hospital de Carabanchel numa situação lamentável. O seu corpo estava arroxeado e com várias queimaduras, e não resistiu muito tempo. As suas últimas palavras naquele dia 13 de Fevereiro evidenciam a dureza do tormento a que foi submetido. Oso latza izan da (foi muito duro), foi essa a frase que disse antes de morrer.
Patxi Arratibel escreveu aztnugaL no depoimento policial que efectuou na presença da Guarda Civil em meados de Janeiro deste ano. Pediu ajuda para sair do inferno da tortura. Apesar da passagem dos anos, o inferno da tortura permanece presente em Euskal Herria. Passam os meses e as denúncias de tortura amontoam-se nos arquivos dos tribunais.
De acordo com os dados recolhidos pela Fundação Euskal Memoria, ao longo dos últimos 50 anos mais de 10 000 cidadãos bascos foram submetidos a esta selvajaria. Todos os Governos que conhecemos recorreram à tortura na louca espiral repressiva contra Euskal Herria.
Dizemos que a tortura é sistemática, e o ano passado é disso um claro exemplo. Em 2010, ertzainas, guardas civis e polícias espanhóis torturaram 63 pessoas em Euskal Herria.
Nestes tempos em que, em Euskal Herria, estamos a trabalhar para abrir um novo ciclo político, o Governo espanhol fez da tortura a sua principal arma para colocar obstáculos a este caminho. Há que salientar que, perante cada passo de aproximação dado pela organização ETA, os polícias não fizeram mais que aumentar o recurso à tortura. E isto responde claramente a objectivos políticos. O Governo espanhol mantém a decisão política de recorrer à tortura, e de forma bastante selvagem.
Durante os últimos meses, houve várias mobilizações e iniciativas contra a tortura em Euskal Herria. Mas é óbvio que o caminho percorrido não é suficiente. As denúncias de tortura sucedem-se, uma atrás doutra, provenientes das esquadras e da Audiência Nacional espanhola. Assim, está claro que temos trabalhar mais ainda do que fizemos até agora.
No dia 13 de Fevereiro cumprem-se 30 anos desde que torturaram Joxe Arregi até à morte. Nesse dia, iremos evocar Joxe Arregi e os outros doze cidadãos bascos que foram mortos pela tortura.
Nesse dia, traremos novamente para as ruas a mensagem contra a tortura.
Como tal, fazemos um apelo à participação nas múltiplas mobilizações que irão ter lugar em diversos lugares do território basco.
Fonte: askatu.org via lahaine.org