Junto à Cidadela de Iruñea [Pamplona], num local onde foram mortas dezenas de pessoas, ontem tributou-se uma homenagem aos fuzilados em Nafarroa durante a Guerra de 1936. O acto, em que participaram centenas de pessoas, contou com o testemunho de alguns familiares das vítimas da repressão fascista.
Carlota Leret foi a primeira a falar. Era filha de Virgilio Leret, fuzilado em 1936 pelas tropas fascistas por se manter fiel à II República. Ricardo Mula recordou a história do seu pai: Francisco Mula. 77 anos volvidos, o seu corpo ainda não foi encontrado. Goyo San Pedro também contou a história do seu pai: José San Pedro Castro. Marinheiro, alistou-se no lado republicano e foi condenado à morte em conselho de guerra.
Num acto a que assistiram representantes políticos de PSN, Izquierda-Ezkerra, NaBai e EH Bildu, Olga Alcega, presidente da Associação de Familiares dos Fuzilados de Nafarroa, disse aos jornalistas que, de acordo com algumas fontes, continuam desaparecidos mais de mil dos 3452 fuzilados em Nafarroa, sublinhando que a recuperação dos seus restos mortais constitui uma «prioridade».
Alcega também realçou o facto de que «cada acto de homenagem é diferente», porque tem havido «pequenos avanços», e referiu-se, a título de exemplo, à aprovação da Lei da Memória Histórica. «Temos vontade de avançar, por forma a conseguir o reconhecimento para as vítimas da Guerra de 36 e do franquismo, ainda que chegue tarde». / Ver: Berria e naiz.info
domingo, 13 de abril de 2014
Em Iruñea, centenas de pessoas homenagearam os fuzilados em Nafarroa na Guerra de 1936
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