Cerca de 70 pessoas vieram até Lisboa - chegaram dois autocarros cheios e ainda mais alguma gente de automóvel -, onde se juntaram a membros da Associação de Solidariedade com Euskal Herria e a mais alguma gente - como uns giputxis de férias em Lisboa que, confrontados com a iniciativa, decidiram aderir.
Na concentração no Rossio, houve gente que se espalhou pela praça para distribuir panfletos informativos e explicar algo mais sobre o caso de Andoni, dos presos bascos, de Euskal Herria; outros, exibindo ikurriñas, reuniram-se no centro da praça, atrás de uma faixa da ASEH («País Basco, independência & socialismo») e com dois grandes placards nas proximidades (num dizia-se «Solidariedade com Andoni» e mostrava-se uma grande foto do preso; outro explicava de forma resumida as condições que o de Elorrio enfrenta na cadeia de Monsanto).
Finda a concentração, alguns só tiveram tempo para comer uns quantos pintxos, tortilhas e caldos antes de abalarem de volta para o País Basco. Os restantes seguiram para Linda-a-Velha (no concelho de Oeiras), directamente para a Academia Recreativa, pois a fome já apertava. Enquanto os cozinheiros acabavam de fazer o almoço (a feijoada à transmontana «virou» carne de porco à alentejana), deu-se início à montagem das mesas, do material de som, tudo num ambiente muito comunal, de entreajuda. À entrada do espaço da Academia, os grandes painéis que tinham estado no Rossio informavam quem passava.
O almoço decorreu num ambiente fraternal de convívio. No final, houve duas intervenções – uma portuguesa e uma basca – sobre a situação de Andoni, sobre esta iniciativa em particular e a solidariedade com os presos políticos bascos em geral, sobre a necessidade de fazer o «caminho entre a solidariedade e o compromisso», sobre a luta do povo basco pela libertação nacional e social. Os concertos anunciados começaram por volta das 18h00, e mais gente chegou à Academia da Festa Solidária.
LER crónica: «Etxekoen arnasa, atzerrian», de Iñaki LARRAÑAGA (Berria)