Na sequência da manifestação de sábado a favor da amnistia, o delegado do Governo espanhol, Urquijo, e a associação de extrema-direita APAVT decidiram fazer queixa do Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) no tribunal de excepção espanhol, Audiência Nacional. Numa nota, o MpA acusa os queixosos de serem os principais responsáveis pelo conflito em Euskal Herria e de quererem impor a sua versão na questão da violência.
O MpA afirma que, na manifestação de sábado, defendeu a amnistia para os perseguidos políticos bascos e que faz tenção de continuar nessa linha, acrescentando que Urquijo deixou bem claro por que razão os ataca ao afirmar que «o relato do que se passou é mais importante que nunca (…) para não se falsear nem branquear a história criminosa dos terroristas». Para o MpA, essa é a chave, o desejo de «imposição da sua versão» e, consequentemente, «o empenho em silenciar o povo».
O que Urquijo e companhia procuram impedir é a divulgação de factos como o recurso à violência - passado e presente - contra a dissidência basca, por parte de PP e PSOE. «Ilegalizaram partidos, mandaram prender e torturar militantes de organizações políticas, encerraram meios de comunicação, proibiram e atacaram manifestações... e também levaram a cabo assassinatos políticos, com a colaboração do PNV», denuncia o MpA.
«Dinossauros como Urquijo e a APAVT vão continuar a atacar todas as mobilizações e iniciativas que quiserem», mas, com isso, «não conseguirão mais que ajudar a fazer chegar ao povo a versão que pretendem esconder», refere o MpA, acrescentando que «fascistas como eles são os principais responsáveis pelo conflito de Euskal Herria». / Ver: amnistiaaskatasuna (eus e cas)