Uma grande mobilização a favor da amnistia para os perseguidos políticos bascos percorreu ontem, 29, as ruas de Bilbo entre a Praça Zabalburu e a Moyua. Respondendo ao apelo do Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA), os manifestantes exigiram «o regresso a casa sem qualquer tipo de condições de todos aqueles que são alvo da repressão pelo seu compromisso de militância», exibindo faixas em que se lia «Borroka da bide bakarra» («a luta é o único caminho») e afirmando que «sem amnistia não haverá paz» (amnistiarik gabe, bakerik ez).
A mobilização terminou na Praça Moyua com os presentes a cantarem o «Eusko Gudariak». Antes, os organizadores sublinharam que os presos políticos bascos «não são terroristas», «mas pessoas que deram o melhor de si mesmas para fazer frente a esses dois monstros (os estados espanhol e francês) que se alimentam do suor e do sangue da classe trabalhadora basca».
Assim, afirmaram que não há solução para o país que não passe pelo «regresso a casa, incondicional, de todos os sofrem a repressão pelo seu compromisso de militância», tendo sublinhado que quem nega o «carácter político» aos presos bascos está a passar «um cheque em branco para que os estados continuem a reprimi-los, sempre mais».
Passaram oito anos desde a última manifestação em defesa da amnistia em Euskal Herria, «mas o facto de a luta estar a ser difícil não é razão suficiente para a abandonar, pois ela é justa», disseram. «Ninguém disse que ia ser fácil», mas vale a pena defender os presos os refugiados e os deportados, «os que hoje continuam a sofrer a repressão dos estados», e lutar por aquilo em que acreditam – mesmo quando outros os acusam de perseguir objectivos impossíveis, utopias. «Foi por aquilo a que vocês chamam utopias que as pessoas mais generosas do nosso povo deram e continuam a dar a vida», salientaram. / Ver: amnistiaaskatasuna e Resumen Latinoamericano
Entrevista:
«Queremos que la reivindicación de la amnistía se extienda por todo el país» (lahaine.org)
domingo, 30 de agosto de 2015
Mais de 2000 pessoas manifestaram-se em Bilbo a favor da amnistia
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