Por iniciativa da Comissão de Festas de Erromo (Getxo, Bizkaia) e da Ahaztuak 1936-1977, Félix Arnaiz, jovem morto a tiro pela Polícia em circunstâncias ainda não inteiramente esclarecidas, foi novamente evocado e homenageado, ontem, dia em que passavam 46 anos sobre o seu assassinato. Cerca de uma centena de pessoas participaram na sessão, entre elas a mãe e irmãos de Félix.
Uma fotografia de Félix presidiu ao acto de ontem, dia 2, que começou com a intervenção de um membro da Comissão de Festas recordando como, ano após ano, essa entidade não se esquece do conterrâneo assassinado. Depois, um membro da Ahaztuak 1936-1977 tomou a palavra para sublinhar que, «46 anos depois, a morte e a memória de Félix continuam a pedir Verdade e Justiça, porque o seu assassinato e a impunidade que ainda perdura, amparada pela ocultação dos relatórios sobre os factos, não se solucionam apenas com uma declaração oficial de "vítima da violência policial" e uma reparação económica: isto pode ser uma parte, mas não a parte que feche a porta à verdade e à justiça em toda a sua extensão».
Na sua intervenção, o representante da Ahaztuak 1936-1977 também recordou «a memória de Jon Pagazaurtundua e José Etxebarria Sagastume, Beltza, dois jovens lutadores independentistas e antifascistas mortos neste bairro a 28 de Novembro de 1973 quando preparavam uma acção armada contra o regime fascista, um regime que se tinha imposto contra a vontade popular pelas armas e o terror e que, com essas armas e esse terror, foi responsável tanto pelo assassinato de Félix Arnaiz como de muitas outras dezenas de milhares».
As vozes de «Rebuelta eta Etxebeste» deram um belíssimo tónico musical a uma sessão que terminou com um aurresku de honra dançado por várias dantzaris do bairro, a entrega de um ramo de flores à mãe de Arnaiz e a colocação de cravos vermelhos junto à sua foto. / Ver: ahaztuak 1936-1977
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Félix Arnaiz: memória, reivindicação e cravos vermelhos em Erromo
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