Por terem participado num brinde a favor dos presos e dos refugiados políticos bascos, três habitantes de Tafalla (Nafarroa) são acusados de «enaltecimento do terrorismo». O Ministério Público pede, para cada um deles, dois anos de cadeia, três anos de liberdade vigiada, nove de inabilitação absoluta, 4200 euros de multa e 6240 euros de fiança.
Como é habitual em Tafalla, no início das festas dezenas de pessoas participaram num acto contra a dispersão dos presos bascos. Por esse facto, três moradores já tiveram de prestar declarações e agora ficaram a saber que o processo vai seguir avante, no tribunal de excepção espanhol, Audiência Nazional, ex-TOP franquista.
Na quarta-feira, os visados neste processo persecutório sublinharam que «a solidariedade não pode ser um crime», bem como o facto de em Tafalla ser já costume este tipo de actos solidários acabarem com incriminações nos tribunais de excepção. Por isso, entendem que se trata de um ataque contra a localidade.
Um dos arguidos, Fernando Sota, já esteve um ano na prisão, por ter afixado fotos da ex-presa Ines Del Río, também de Tafalla, a exigir a sua libertação, numa altura em que ela estava na cadeia ao abrigo da chamada Doutrina Parot - uma doutrina que permitia prolongar as penas e que o Tribunal de Estrasburgo acabaria por inavalidar. / Ver: ahotsa.info
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
Três habitantes de Tafalla podem ir parar à prisão por um brinde nas festas
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