terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Barañain recordou Karmele Solaguren e denunciou o cancro da dispersão


Há quatro anos, um acidente tirou a vida a Karmele Solaguren quando ia visitar o seu filho Ekain à prisão de Alcalá-Meco. No sábado, cerca de 100 pessoas juntaram-se na sua localidade, Barañain, para a evocar. Não foi um acontecimento isolado: este ano ocorreram uma dezena de acidentes graves.

Há quatro anos, uma placa de gelo numa curva em Noviercas (Soria) ceifou a vida de Karmele Solaguren, quando ia visitar o seu filho Ekain Gerra ao estabelecimento prisional de Alcalá-Meco, perto de Madrid. Desde então, o povo de Barañain recorda-a todos os anos, através de manifestações ou concentrações – como a que decorreu no último sábado.

Um evento singelo, que reuniu cerca de 100 pessoas, no qual se procedeu à leitura de um comunicado que denuncia a política penitenciária e lembra que os familiares e amigos dos presos políticos bascos também a sofrem na pele, e exigindo por isso responsabilidades.
De facto, neste ano de 2008, quase a terminar, a Etxerat contabilizou cerca de quinze acidentes rodoviários graves, felizmente sem consequências irreparáveis.

A 630 quilómetros
Estes sinistros afectaram familiares e amigos obrigados a deslocarem-se até locais muito afastados das suas casas, como mostra a lista: Alcalá-Meco, Valência, Navalcarnero (dois acidentes), Curtis (Corunha), Castellón, Burgos, Aranjuez, Soto del Real, Dueñas (Palência), Mansilla (León) ou Jaén eram os destinos correspondentes.
De acordo com a Etxerat, a distância média a que se encontram os presos políticos bascos é de 630 quilómetros. Os 762 prisioneiros actuais estão dispersos por 85 prisões dos dois estados. Em defesa dos direitos dos presos, também no sábado, 25 pessoas concentraram-se em Hondarribia.
Notícia completa: Gara