Um grupo bem composto de ex-prisioneiros compareceu no sábado perante os órgãos de comunicação para censurar a actual política penitenciária, com a qual, segundo afirmaram, Madrid pretende “a aniquilação” do colectivo de presas e presos políticos e, assim, prolongar o conflito político que Euskal Herria sofre. Reivindicaram uma solução dialogada e consideraram imprescindível o reconhecimento do carácter político dos presos e o regresso a casa de todos os perseguidos.
Cerca de oitenta ex-presos juntaram-se no sábado no frontão de Usurbil para manifestar a sua rejeição da política penitenciária dos estados espanhol e francês, e realçar que “a iniciativa que procura a divisão entre as presas e os presos políticos bascos responde à decisão de prolongar indefinidamente o conflito político”. Joxean Agirre e Begoña Sagarzazu falaram em nome de todos os participantes, que se apresentaram como testemunhos directos da cruel política prisional, depois de terem sofrido “na própria pele a dispersão, o isolamento, os espancamentos, a negação do direito a estudar, a comunicar e à saúde”.
Conhecedores como ninguém dos danos causados aos presos e aos seus familiares e amigos pela política penitenciária, mostraram-se convencidos de que, apesar de tudo, esta “não cumpriu os objectivos que procurava”, já que a solidariedade do povo e a “dignidade do colectivo de presos políticos bascos (EPPK) foi mais forte que a dispersão”. Por isso, consideram que os estados francês e espanhol tiveram que pôr em marcha novas medidas que imponham aos presos “uma vida sem direitos”.
Na sua opinião, ambos os governos mantêm actualmente todas as frentes repressivas abertas, sendo “a política penitenciária uma das suas expressões mais cruentas”. O objectivo seria “afogar as reivindicações populares nas prisões”, “não hesitando” para tal “em usar os presos políticos para a chantagem política, amparados no vale-tudo para acabar com a luta independentista basca”.
Não obstante, reivindicaram uma solução dialogada e política para o conflito que Euskal Herria mantém com os estados, e, nessa direcção, consideram fulcral o reconhecimento do carácter político do colectivo de presos. “Com a solução do conflito será necessário o regresso a casa de todas as pessoas presas e exiladas”, defenderam.
Neste contexto, criticaram as declarações realizadas na semana passada pelo ministro espanhol do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, que defendeu a política penitenciária como um “instrumento” da “política de Estado”, o que, na opinião de quem também se apresentou na qualidade de membro do Movimento Pró-Amnistia, significa o reconhecimento sem complexos “do carácter repressivo e negador do Governo espanhol”, responsável, em conjunto com o Governo francês, por “uma estratégia que quer conduzir o colectivo à aniquilação”.
Insistindo na ideia de que o reconhecimento dos direitos básicos dos presos e o seu regresso a Euskal Herria são desafios importantes para o Povo Basco, apelaram à participação dos diversos agentes sociais e dos cidadãos em geral nas diversas iniciativas e mobilizações de solidariedade que se venham a realizar.
Também mandaram “um abraço cheio de carinho” para os “761 companheiros e companheiras que se encontram dispersos pelas prisões dos estados espanhol e francês”.
Maider EIZMENDI
Cerca de oitenta ex-presos juntaram-se no sábado no frontão de Usurbil para manifestar a sua rejeição da política penitenciária dos estados espanhol e francês, e realçar que “a iniciativa que procura a divisão entre as presas e os presos políticos bascos responde à decisão de prolongar indefinidamente o conflito político”. Joxean Agirre e Begoña Sagarzazu falaram em nome de todos os participantes, que se apresentaram como testemunhos directos da cruel política prisional, depois de terem sofrido “na própria pele a dispersão, o isolamento, os espancamentos, a negação do direito a estudar, a comunicar e à saúde”.
Conhecedores como ninguém dos danos causados aos presos e aos seus familiares e amigos pela política penitenciária, mostraram-se convencidos de que, apesar de tudo, esta “não cumpriu os objectivos que procurava”, já que a solidariedade do povo e a “dignidade do colectivo de presos políticos bascos (EPPK) foi mais forte que a dispersão”. Por isso, consideram que os estados francês e espanhol tiveram que pôr em marcha novas medidas que imponham aos presos “uma vida sem direitos”.
Na sua opinião, ambos os governos mantêm actualmente todas as frentes repressivas abertas, sendo “a política penitenciária uma das suas expressões mais cruentas”. O objectivo seria “afogar as reivindicações populares nas prisões”, “não hesitando” para tal “em usar os presos políticos para a chantagem política, amparados no vale-tudo para acabar com a luta independentista basca”.
Não obstante, reivindicaram uma solução dialogada e política para o conflito que Euskal Herria mantém com os estados, e, nessa direcção, consideram fulcral o reconhecimento do carácter político do colectivo de presos. “Com a solução do conflito será necessário o regresso a casa de todas as pessoas presas e exiladas”, defenderam.
Neste contexto, criticaram as declarações realizadas na semana passada pelo ministro espanhol do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, que defendeu a política penitenciária como um “instrumento” da “política de Estado”, o que, na opinião de quem também se apresentou na qualidade de membro do Movimento Pró-Amnistia, significa o reconhecimento sem complexos “do carácter repressivo e negador do Governo espanhol”, responsável, em conjunto com o Governo francês, por “uma estratégia que quer conduzir o colectivo à aniquilação”.
Insistindo na ideia de que o reconhecimento dos direitos básicos dos presos e o seu regresso a Euskal Herria são desafios importantes para o Povo Basco, apelaram à participação dos diversos agentes sociais e dos cidadãos em geral nas diversas iniciativas e mobilizações de solidariedade que se venham a realizar.
Também mandaram “um abraço cheio de carinho” para os “761 companheiros e companheiras que se encontram dispersos pelas prisões dos estados espanhol e francês”.
Maider EIZMENDI