terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Investigação sobre o campo de concentração de Urduña


Novos dados do terror franquista em Urduña.

Gara, Urduña * E.H.
Cerca de 50 000 prisioneiros de guerra republicanos estiveram encarcerados em condições deploráveis no campo de concentração de Urduña, habilitado pelas forças franquistas entre 1937 e 1939. Depois de três anos de investigação, o jornalista Joseba Egiguren trouxe para a luz novos dados e testemunhos relacionados com deste episódio tão pouco conhecido da história recente de Euskal Herria.

A maioria das pessoas reclusas no campo de concentração de Urduña foram gudaris do Exército Basco e combatentes antifascistas catalães, embora também houvesse civis, de adolescentes até anciãos, que nunca tinham pegado numa arma. Chegamos a estas conclusões a partir da investigação realizada por Joseba Egiguren, baseada em documentos encontrados em arquivos militares de todo o Estado espanhol e em testemunhos de vários ex-prisioneiros, que relataram em entrevistas pessoais as terríveis experiências por que passaram.

Esta investigação possui uma natureza totalmente independente e não contou com a colaboração de nenhuma instituição pública ou privada. «A existência do campo de concentração - refere o autor - também faz parte do nosso património histórico, mas os factos ocorridos ali dentro foram ignorados, apesar de terem sido os mais trágicos e infames a que Urduña assistiu durante todo o século XX».

Este campo de concentração instalou-se no antigo colégio dos Jesuítas, onde tinha estudado o próprio lehendakari do primeiro Governo Basco, José Antonio Agirre. Foi destinado à reclusão preventiva, à classificação e à reeducação de prisioneiros republicanos capturados pelas tropas franquistas nas frentes da Bizkaia, de Aragão e da Catalunya.

Os prisioneiros encerrados neste local foram obrigados a trabalhar como escravos em diferentes obras públicas e privadas. Entre elas encontra-se a reconstrução do monumento da Virgen de la Antigua, que se ergue no cume do monte Txarlazo e se converteu num dos símbolos do município biscainho. Iñaki VIGOR
http://www.gara.net/paperezkoa/20110131/245883/es/Nuevos-datos-terror--franquista-Urduna

Fonte: SareAntifaxista

O Autocarro da Memória apresenta uma moção para alterar o nome da Praça Conde de Rodezno
Deram entrada no registo municipal mais de 4200 assinaturas que apoiam a sua petição
Retirar o nome da Praça Conde de Rodezno, criar uma comissão de grupos municipais e de colectivos ligados à memória histórica para chegar a um acordo sobre um novo nome para esse espaço e que a decisão tomada pela comissão seja aceite por todos os órgãos da Câmara Municipal. São estes os pedidos do Autocarro da Memória, que ontem de manhã apresentou uma moção para ser debatida na sessão plenária de quinta-feira, juntamente com as mais de 4200 assinaturas que a apoiam.
Ver: nabarreria.com

Na foto de baixo, proposta avançada há algum tempo para substituir a designação fascista.