terça-feira, 30 de abril de 2013

A Europa pede firmeza ao Estado espanhol na adopção de medidas que evitem as torturas

O Comité Europeu para a Prevenção da Tortura do Conselho da Europa pediu às autoridades espanholas maior firmeza na adopção de medidas que evitem os maus-tratos, também verbais, aos detidos e presos por parte das Forças de Segurança do Estado e dos funcionários prisionais. O relatório insiste na falta de garantias da detenção incomunicável e denuncia os obstáculos colocados pela Guarda Civil.

A delegação do CPT que visitou o Estado espanhol entre 30 de Maio e 13 de Junho de 2011 elaborou um relatório em que pede «tolerância zero» para esses casos nas esquadras, prisões e centros de internamento de estrangeiros.
De acordo com o relatório, os entrevistados afirmaram ter sido tratados de forma correcta na grande maioria dos casos, mas existiram algumas alegações de maus-tratos durante a detenção.

O relatório pede que seja proibido vendar os olhos ou encapuzar os detidos, inclusive durante os interrogatórios.
A delegação obteve alegações credíveis de 10 dos 11 cidadãos bascos detidos em regime de incomunicação que entrevistou.

Regime de incomunicação, medida de excepção
Na secção correspondente ao regime de incomunicação, o CPT inclui alguns dos testemunhos de maus-tratos. [Na sequência, ver resumo dos testemunhos.]

Em seguida, o CPT recomenda que os detidos em regime de incomunicação tenham acesso a um advogado desde o momento em que são detidos, e também durante os interrogatórios. Pede também que a família seja notificada da detenção e do paradeiro da pessoa detida - que deveria poder ser visitada por um médico por ela escolhida, juntamente com o médico forense designado pelo juiz de instrução. Pede-se ainda que as celas das esquadras tenham luz natural, sistema de ventilação e campainha.

No relatório refere-se ainda que os membros da delegação do CPT encontraram paus e tacos de beisebol nas salas de interrogatório de esquadras de Cádis e Madrid (Puente de Vallecas e Moratalaz).

Obstáculos da Guarda Civil
A delegação afirma que a sua relação com as autoridades espanholas foi «excelente», com uma «excepção importante»: a Unidade de Detenção do Serviço de Informação da Guarda Civil, na Direcção-Geral de Madrid.
Ali, diz o relatório, os oficiais impediram que a delegação acedesse à zona de detenção, como já ocorrera em 2007.

No relatório afirma-se que o CPT «anda há duas décadas a chamar a atenção das autoridades espanholas para o problema dos maus-tratos infligidos pela Guarda Civil» e que este «continua por resolver».

Por isso, pede às autoridades espanholas que procedam a uma investigação rigorosa e independente sobre os métodos utilizados por oficiais da Guarda Civil durante as detenções incomunicáveis. O CPT «deseja receber no prazo de três meses um relatório detalhado sobre as medidas tomadas para aplicar estas recomendações».

Sublinha ainda que as alegações de maus-tratos «são sistematicamente consideradas não fiáveis e como parte de uma estratégia de defesa para retirar validade ao depoimento realizado no fim da detenção em regime de incomunicação».

Assim, o organismo «reitera» a recomendação de que, quando uma pessoa denunciar maus-tratos por parte de oficiais das FSE, «o juiz/procurador tome nota das denúncias por escrito, ordene de imediato um exame médico forense e tome as medidas necessárias para garantir que as denúncias são investigadas de forma adequada». / Ver: naiz.info / Notícia mais desenvolvida: Gara / Testemunho de tortura de Beatriz Etxebarria, incluído no relatório do CPT / Relatório do CPT (cas / ing)

«Madrid vangloria-se de que o CPT "não cita nem um só caso de torturas provadas por sentença firme"»

Ver: «Torturak ikertzeko oztopoak salatu, eta horiek saihesteko neurriak eskatu dizkio CPTk Madrili», de Jon OLANO (Berria)

Maiatzaren Lehena / Primeiro de Maio 2013: mobilizações

Página do Primeiro de Maio / Maiatzaren Lehena do sindicato LAB
Convocatórias em 24 comarcas (LAB)

Comemorações do 1.º de Maio de 2013: CGTP-IN

Manifestação em Santutxu contra a extradição de Lander Fernández

Lander Fernández encontra-se na prisão de Soto del Real, depois de no sábado ter sido extraditado por Itália. Ontem de manhã foi presente a um juiz da AN espanhola, que lhe deu ordem de prisão; neste momento, segundo informou o seu advogado, encontra-se em situação de isolamento.

Para protestar contra a extradição e exigir a sua libertação, ontem ao fim da tarde cerca de cem pessoas participaram numa manifestação convocada pela esquerda abertzale no bairro bilbaíno de Santutxu. Debaixo de chuva, a manifestação percorreu as ruas entre as praças Karmelo e Sei Izar. Neste momento, não existem mais dados disponíveis sobre a situação de Lander, mas os seus familiares e amigos esperam saber algo mais nas próximas horas. / Fonte: BilboBranka

O Município de Leioa posicionou-se contra a «doutrina Parot»
A Assembleia Municipal de Leioa (gora Uribe Kosta gorria, Bizkaia) posicionou-se a favor da derrogação da doutrina 197/2006. A moção foi apresentada pelo Bildu e contou com o apoio do PNV e da EB; o PSE-EE absteve-se, e o PP votou contra. / Fonte: Berria

A presa política gasteiztarra Itxaso Legorburu foi libertada
A gasteiztarra Itxaso Legorburu, que se encontrava na prisão de Fleuris-Merogis (Frantzia), foi levada para um aeroporto e metida num avião com destino a Madrid, onde foi posta em liberdade algumas horas após a chegada.

Itxaso foi detida pela Polícia francesa em 15 de Abril de 2009, por alegadamente pertencer à ETA, na localidade de Mézières-en-Brenne (Departamento de Indre); julgada em Setembro de 2011 no Tribunal de Paris, foi condenada a cinco anos de prisão. Era esperada em Gasteiz hoje ao fim da tarde, e o primeiro ongi etorri estava previsto para a Garraxi Taberna. / Fonte: kazeta.info

No domingo, Dia de Nafarroa, houve grande festa em Baigorri

Organizado pela Basaizea elkartea, o Nafarroaren Eguna / Dia de Nafarroa celebrou-se este domingo em Baigorri (Nafarroa Beherea).

A festa e reivindicação voltaram a juntar-se no domingo em Baigorri (Nafarroa Beherea), nas celebrações do Nafarroaren Eguna. Nesta 35.ª edição do evento estiveram presentes milhares de pessoas.

A festa começou logo às 8h00 da manhã, com um pequeno-almoço fornecido pela ikastola. Por volta das 11h00, a txalaparta, os trikitilaris, dantzaris, gaiteiros e outros mais animaram o ambiente das ruas; à tarde, houve provas de desporto rural e animações musicais variadas. Entre outros, tocaram em Baigorri os Startijenn, Bidrio eta Otsoak, Trikidantz, Tinbakada, Kiki Bordatxo, Laket e Joxe Replay.

A festa nasceu em 1978 para reclamar a unidade entre os navarros do Norte e do Sul, e assim aconteceu neste domingo. / Ver: Berria

Kalejira - Nafarroaren Eguna Baigorrin (Eskunabarrak)
Muita festa, música, animação nas ruas da localidade baixo-navarra.

Larrain dantza - Nafarroaren Eguna Baigorrin (Eskunabarrak)
Um povo que canta e dança em ambos os lados dos Pirinéus.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Primeiras jornadas do Eleka, dias 2, 3 e 4 de Maio, em Donostia e Bilbo

Jardunaldiak / Jornadas
Komunismoa XXI. mendean / O comunismo no século XXI

Nazioartea eta internazionalismoa aztergai / O internacionalismo e a comunidade internacional como objecto de estudo

Egitaraua / programa:
Maiatzak 2, osteguna / 2 de Maio, quinta-feira
(Koldo Mitxelena, Donostia) [19h00-21h00]
Langile mugimendua nazioartean / O movimento operário a nível internacional
Gabirel Ezkurdia (Nazioarteko analista / analista político de temas internacionais)

Maiatzak 3, ostirala / 3 de Maio, sexta-feira
(EHU Filosofia fakultateko areto nagusia, Donostia) [18h00-20h00]
Internazionalismoa, nazioartetik Euskal Herrira / O internacionalismo, da comunidade internacional para Euskal Herria
Julen Zulaika (Askapena) / Iñaki Gil de San Vicente (Idazlea / escritor)

Maiatzak 4, larunbata / 4 de Maio, sábado
(La Bolsa aretoa, Bilbo) [10h30-13h00]
Klase-borroka Espainiako Estatuan / A luta de classes no Estado espanhol
Nines Maestro (Red Roja)
Bake prozesua Euskal Herrian / O processo de paz em Euskal Herria
Pako Belarra (EHK)

Informazio gehiago / Mais informação: www.eleka.org / Fonte: pakitoarriaran.org

Concentração anti-imperialista em Gernika

Ontem ao meio-dia, cerca de vinte de pessoas participaram numa concentração «chuvosa» em Gernika, atrás de uma faixa em que se lia «Eraso Inperialistarik Ez!! Gora Herrien Borondatea!!» [Não às agressões imperialistas! Viva a vontade dos povos!], para expressar o seu repúdio pelas diversas agressões de carácter imperialista em diferentes pontos do mundo.

A convocatória foi feita pela associação de vítimas do regime franquista Ahaztuak 1936-1977 e pela organização internacionalista Askapena e ocorreu no âmbito de mais um aniversário do bombardeamento de Gernika pela Legião Condor alemã ao serviço de Franco.

A Coreia do Norte e a Venezuela foram apontadas como dois pontos onde nestas últimas semanas «a agressão imperialista ganhou especial intensidade, procurando anular, através da ameaça e da pressão, a vontade popular expressa nas urnas pela maioria dos cidadãos no caso da Venezuela, e, no caso da Coreia do Norte, tentando condicionar e submeter a sua soberania nacional inclusive com o recurso à ameaça de ataque nuclear», sem esquecer «a agressão contínua aos direitos da Palestina ou do Saara, onde, depois de décadas de palavreado, a sua população continua condenada aos campos de refugiados e vendo negado o direito à constituição de um Estado próprio na terra que um dia lhe foi arrebatada pela força das armas.»

Segue-se o texto em euskara [cuja leitura a aseh recomenda]: «Memoria daukagulako... eraso inperialistarik ez!» / Ver: askapena.org

«A actuação da Ertzaintza no Aske Gunea: exemplo ou excesso?»


Fonte: argia.com / Esta vídeo-reportagem é um resumo do que se passou nas três horas que se seguiram à entrada da Ertzaintza no Boulevard donostiarra, no passado dia 19 de Abril, quando a Polícia autonómica foi prender os jovens condenados pelo Supremo espanhol pela sua militância política na Segi (dos oito, só seis estavam no local; Imanol Vicente e Nahikari Otaegi entregaram-se na semana na semana passada). Chegaram em 30 furgões, «acordaram» as 800 pessoas que ali se encontravam a construir um sólido muro popular em redor de seis jovens condenados, e depois... há que ver. [Vídeo encontrado em naiz.info.]

Em Antsoain, manifestação de apoio a Artzai Santesteban
O jovem Artzai Santesteban (Antsoain, Nafarroa) vai ser julgado em Madrid no dia 7 de Maio, acusado de participação numa acção de kale borroka. A acusação baseia-se exclusivamente num depoimento arrancado sob tortura a outra pessoa.
Fonte: ateakireki.com / Mais info: aseh

Euskal Herriko Komunistak: «El 1º de Mayo busca su futuro en el Boulevard donostiarra»

Pero mientras nos imponen «legal y democráticamente» los ajustes necesarios, una vez más la juventud vasca, en el Boulevard donostiarra, nos ha marcado el camino de la lucha y la dignidad. Insumisión que en Euskal Herria significa confrontación, ruptura con el estado, con el sistema y marca el paso definitivo para crear un espacio libre con la fuerza de un poder popular que invierta el rumbo de la economía, con capacidad de decisión, asumiendo nuestro ser histórico político y social. Lo novedoso y lo inquietante para la burguesía regionalista y su policía ha sido el contemplar cómo esta forma de protesta proletaria se está extendiendo de forma muy rápida, poniendo, de forma colectiva en evidencia, la verdadera cara del orden establecido. (boltxe.info)

«Hiperrealismo revolucionario», de Guillermo PANIAGUA* (Gara)
Desterrar de nuestro vocabulario conceptos introducidos hábilmente por el sistema dominante es una tarea insoslayable para todos los y las que pretendemos entender la realidad en pos de revolucionarla. Una de las muestras quizás más dramáticamente representativa de este fenómeno es la aceptación hegemónica que ha logrado el concepto de «globalización» a la hora de describir el funcionamiento actual del sistema. [*militante da Askapena]

«"M18Plazara": del consenso a la acción social», de Jon Garay, Nagore García, Ane Zelaia, Ibon Meñika e Emilie Martin* (Gara)
Herrira no puede limitarse a exigir a los estados, porque es evidente que no quieren y parece que no van a querer. Y tampoco hacemos nada aferrándonos a unos lemas si no generamos el torbellino social que los haga materializables. No se trata de soñar con unos objetivos, sino de salir a la calle y alcanzarlos por nuestros medios. [*membros do Herrira]

«Portugal 2013, o direito à rebelião», de Miguel URBANO RODRIGUES (ODiario.info)
O desemprego galopante, a miséria de centenas de milhares de famílias, numa sociedade onde a fome já é uma realidade, a convergência de uma multiplicidade de sofrimentos numa angústia colectiva anunciam a proximidade de uma situação de ruptura, num desembocar da indignação das massas.

«CAN: Banku Lapurrak / El Gran Golpe» ('teaser-trailer' do documentário)


«Precisamos da tua ajuda! Temos a certeza de que o documentário que estamos a preparar sobre a CAN te vai abalar. Mas, se não conseguirmos juntar os 10 000 euros necessários ao seu financiamento, não será possível levar o projecto avante. Podes contribuir em http://www.verkami.com/projects/5057 ou através da conta n.º 3035 0315 13 3151016412 da Caja Laboral / Euskadiko Kutxa.» / Mais informação: ateakireki.com e lahaine.org

domingo, 28 de abril de 2013

Herrira: o «spot» da iniciativa «M18Plazara» destaca a importância do envolvimento dos cidadãos

Foi apresentado na quarta-feira passada, no Doka Kafe Antzokia de Donostia, o spot oficial da iniciativa «M18 plazara», através da qual o movimento Herrira pretende encher cerca de 200 praças de toda Euskal Herria em defesa dos direitos dos presos.
O trabalho foi realizado pelo oreretarra Lander Garro, que também fora responsável pela curta-metragem Denbora, quando da Mobilização Geral Popular de 12 de Janeiro. Com ele, trabalharam no spot vários actores e muitos populares. O trabalho visa destacar «a importância do envolvimento do povo» para enfrentar o desafio da paz e da resolução, bem como a questão dos presos e dos refugiados.

No dia 18 de Maio, haverá cerca de 200 mobilizações populares por toda Euskal Herria. Destas, 50 terão lugar em Nafarroa; 80 em Gipuzkoa; 70 na Bizkaia; 15 em Araba e 7 em Ipar Euskal Herria. / Fonte: BilboBranka

Ongi etorri a Juanra Rojo em Irun
Em Irun (Gipuzkoa), celebrou-se ontem o regresso a casa de Juanra Rojo, que foi libertado no passado dia 8 de Março, depois de 21 anos na prisão. As celebrações arrancaram com uma cerimónia na Praça San Juan e prosseguiram com um jantar.
A AN espanhola deixou Rojo em liberdade ao tomar como referência (ao cabo de três votações) a última doutrina do Supremo Tribunal, de acordo com a qual, se um preso tem marcada a data de saída numa sentença firme, não se lhe pode aplicar de forma retroactiva a doutrina 197/2006. Ainda assim, o tribunal de excepção tentou aplicá-la a Rojo, prolongando-lhe a pena até 2022. / Ver: Gara / Fotos: IrungoHerrira

Em Gernika, homenagem popular a Iñaki Garai Lejarreta e Blanca Salegi

Várias dezenas de pessoas foram ontem até ao cemitério de Gernika para recordar Iñaki Garai Lejarreta e Blanca Salegi Allende, um casal desta vila morto a tiro pela Guarda Civil a 15 de Maio de 1975 por dar guarida ao membro da organização ETA Jesús Mari Markiegi, Motriko. O evento foi convocado pela associação de vítimas do regime franquista Ahaztuak 1936-1977, no âmbito da dinâmica intitulada «Biktima guztiak, borrokalari guztiak / Todos los luchadores, todas las victimas».

Depois do agurra em honra e memória de Iñaki Garai e Blanca Salegi, um membro da Ahaztuak 1936-1977 tomou a palavra para lembrar que no dia 26 de Abril passava mais um aniversário sobre a destruição da vila foral debaixo das bombas da Legião Condor alemã, ao serviço das forças fascistas e golpistas de Francisco Franco e outros generais revoltosos contra a II República. Esse «bombardeamento teve como objectivo instaurar um regime fascista e antidemocrático, como infelizmente veio a acontecer, um facto que, juntamente com outros, legitima plenamente a luta que, em todas as suas expressões, foi levada a cabo contra esse regime ao longo da sua existência, da mesma forma que legitima e dá pleno direito à evocação de todas as pessoas que a executaram ou para ela contribuíram, como é o caso de Iñaki Garai e Blanca Salegi».

Na ocasião sublinhou-se ainda que a Ahaztuak 1936-1977 «não faz a apologia do terrorismo, mas a apologia da resistência antifranquista e antifascista, da mesma forma que não faz a apologia de qualquer organização armada, antes a apologia do direito das pessoas e dos Povos a resistir e a enfrentar da forma que considerarem oportuna um regime fascista, como o que foi instaurado depois do golpe de estado de Julho de 1936». / Fonte [com mais fotos]: boltxe.info

Intxorta 2013: uma centena de voluntários recriou os combates de 1937
Depois da recriação, os presentes desceram até à localidade, com uma faixa em que se reclamava o fim da impunidade do franquismo.

Elgeta * E.H.
Uma centena de voluntários participou hoje ao meio-dia numa encenação dos combates na frente de Intxorta, no município guipuscoano de Elgeta. É a primeira vez que se realiza esta recriação, fruto da colaboração entre o Município e a associação Intxorta 1937 Kultur Elkartea; uma encenação que se fica a dever também à determinação de recuperar a memória histórica e de proceder à sua divulgação.

Durante 20 minutos as escaramuças entre as tropas franquistas (31 fuzileiros, cinco bandeiras e quatro oficiais) e os seus opositores antifascistas (32 milicianos-gudaris entre fuzileiros, oficiais e médicos).

Depois da recriação e de uma sentida homenagem, os presentes desceram até à localidade, atrás de uma faixa em que se lia: «Frankismoaren Zigorgabetasunari tolerantziarik ez!». / Fonte: SareAntifaxista

«11koloreFest»: uma festa da percussão em defesa da diversidade, dia 1 de Junho, em Donostia

«É hora de afirmar que Euskal Herria é um país diverso e que, independentemente do nosso local de origem, somos todos bascos e senhores dos mesmos direitos, deveres e oportunidades». É esta a mensagem que a plataforma Euskal Herria 11 Kolore quer divulgar no próximo dia 1 de Junho em Donostia numa grande mobilização popular. Com a percussão a marcar o ritmo, proclamar-se-á o «apoio à diversidade cultural e de origens de Euskal Herria».

A iniciativa - Aniztasun Eguna-11koloreFest - foi ontem apresentada no Museu San Telmo. Os porta-vozes da EH 11 Kolore Samira Goddi e Xabier Mendiguren anunciaram que a mobilização será um «desfile ou Marcha de Todos os Tambores», que virá para as ruas proclamar e celebrar o facto de que «somos um povo com mil origens e com um futuro comum». O acto festivo será também uma forma de tornar público «o repúdio por qualquer assimilação ou segregação cultural, jurídica, económica ou de qualquer outra índole».

«Queremos dizer bem alto Bai Aniztasunari [sim à diversidade] na linguagem universal da percussão, porque não há povo sem tambor e porque este é um instrumento unido à raízes culturais como nenhum outro», referiram os organizadores.

O manifesto da EH 11 Kolore e esta colorida reivindicação do respeito pela diversidade já recebeu quase 600 adesões - de instituições ligadas ao euskara, sindicatos, diversas associações, colectivos do povo cigano, comunidades religiosas e nomes conhecidos do mundo da cultura e do desporto, entre outros. / Ver: Gara / Ver também: Berria

Oreka Tx - «Atanbora»
«Atanbora» é uma peça musical expressamente criada pelo grupo Oreka Tx para o Dia da Diversidade, que se irá celebrar no dia 1 de Junho nas ruas de Donostia com a «11 Danbor Martxa / Marcha de Todos los Tambores».

Solidariedade da Askapena com a companheira internacionalista Karina Maloverti, detida em Buenos Aires

Com estas linhas, a Askapena quer manifestar a sua solidariedade com a companheira dos Euskal Herriaren Lagunak / Amigos do País Basco da Argentina e militante internacionalista Karina Maloverti.

Karina, que é também dirigente da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE), foi detida com outros companheiros na sexta-feira passada, na sequência da brutal intervenção da Polícia Metropolitana no Hospital Borda da cidade de Buenos Aires; às ordens do autarca fascista Mauricio Macri, a repressão policial provocou 36 feridos, entre legisladores, jornalistas, médicos, enfermeiros, trabalhadores e pacientes do referido hospital.

Ontem, hoje e sempre contra o fascismo e a repressão policial.
A solidariedade é a ternura entre os povos.

Depois de ser libertada, Karina declarou às portas da esquadra que «é preciso que saibam que, enquanto eles continuarem a pôr os negócios imobiliários à frente da vida, da saúde pública e dos postos de trabalho, irão deparar sempre com a nossa resistência». / Ver: askapena.org

Mais informação: «Condenan grave represión policial en un hospital público de Buenos Aires: numerosos heridos» (resumenlationamericano.org)

sábado, 27 de abril de 2013

Em Baiona, 500 agentes pediram a Paris que oiça a voz de Euskal Herria

Dando sequência às decisões tomadas pela Coordenadora pró-Colectividade Territorial Basca em Março último, no sentido de reforçar a reivindicação da criação da referida estrutura territorial e de transmitir a Paris essa mensagem, decorreram hoje na Universidade de Baiona os Estados Gerais da Colectividade Territorial «País Basco», nos quais se juntaram 500 agentes sociais, políticos, económicos e culturais.

Depois de uma reunião que se prolongou durante duas horas, procedeu-se à leitura do «Manifesto dos 500», no qual se enfatizou a necessidade e a importância da criação da Colectividade Territorial [Lurralde Elkargoa] e se exigiu ao Governo francês que «oiça a voz» de Ipar Euskal Herria. Foi ainda convocada uma «manifestação gigante» para dia 1 de Junho nas ruas da capital de Lapurdi (Lauga, 17h00). / Ver: kazeta.info, naiz.info e BerriaManifesto dos 500 (fra / eus)

Itália extraditou Lander Fernández para Espanha

Ao início da tarde, a Polícia levou o bilbaíno para o aeroporto de Campino (Roma), onde o meteu num avião com destino a Madrid, segundo divulgou a agência Efe, citando fontes judiciais.

De manhã, a Polícia italiana foi até à casa do bilbaíno, em Roma, para o levar, mas deparou com cerca de 60 pessoas à entrada e mais 30 no interior, entre as quais dois advogados e dois deputados, que se sentaram no chão para tentar impedir a detenção.

Depois de demoradas negociações, Lander saiu da casa no carro do seu advogado, e foi levado para uma esquadra de Roma, acompanhado pelo seu advogado, por um amigo e por um deputado.

A Polícia italiana tinha intenções de o extraditar para o Estado espanhol hoje mesmo, mas um senador solicitou à ministra da Justiça que suspendesse a extradição e aceitasse a possibilidade de apresentar recurso. Segundo foi referido ao naiz.info, não ficou claro se a ministra assinou a ordem de extradição e alguns prazos não foram respeitados.

Lander Fernández foi preso em sua casa, em Roma, em Junho do ano passado, na sequência de um mandado europeu emitido pela AN espanhola, e passou cerca de dez meses em prisão domiciliária. A 15 de Janeiro, o Tribunal de Roma deu luz verde à sua extradição e há cerca de duas semanas o Supremo italiano confirmou essa decisão.

Perseguição constante
Em Maio de 2009 afirmou ter sido perseguido, sequestrado e agredido por indivíduos que se identificaram como agentes da Ertzaintza, depois de se ter recusado a colaborar com eles; no mês seguinte, foi preso no aeroporto de Barajas, quando regressava de uma viagem à Venezuela. Foi parar à prisão, acusado de participar numa acção de sabotagem em 2002. Foi libertado pouco depois, sob fiança.
Em Outubro de 2010, a AN espanhola condenou-o a três anos de prisão, acusando-o de «colaborar» com a ETA por levar 300 rifas da Elkartasun Zozketa [Lotaria da Solidariedade]; em Julho de 2011, o Supremo Tribunal anulou a sentença. / Ver: naiz.info e BilboBranka / FOTOS: solidariedade com Lander (Simona Granati)

Lander askatu!


Em Erromo, reclamou-se a liberdade de Iñaki Gonzalo, Kitxu
Habitantes e diversos agentes de Itzubaltzeta/Erromo (Getxo, Bizkaia) exigiram hoje, numa conferência de imprensa, que o preso político do bairro Iñaki Gonzalo, Kitxu, seja libertado no próximo dia 4 de Maio. Foram apresentadas cerca de 1300 assinaturas de habitantes do bairro que rejeitam a aplicação da doutrina 197/2006 (conhecida como «doutrina Parot» e que permite prolongar o cumprimento das penas) ao seu conterrâneo, considerando que isso «viola a Convenção Europeia dos Direitos do Homem».

Para além disso, pediram à Assembleia Municipal de Getxo que solicite a libertação do erromoztarra e a de todos os outros presos a quem a referida doutrina foi aplicada, nas datas correspondentes [não nas datas subsequentes à aplicação da doutrina]. Aderiram a esta petição os seguintes agentes: Bildu de Getxo, Sortu, os sindicatos ELA e LAB, movimento M-15 de Uribe Kosta, Itsasoruntz, LZPren aurkako Uribe Kostako asanblada, Itzubaltzetako Gazte Asanblada, Ernai, Itzubaltzetako Emakumeen Asanblada, Erromo Duin, Erromo eta Pinuetako jai batzordea, herriko koadrilak e o Erromotarrak futbol taldea. Na próxima terça-feira, a AM de Getxo irá debater uma moção sobre a questão.

Por outro lado, foram também organizadas diversas iniciativas pela libertação de Kitxu para os próximos dias e semanas. Uma delas é a marcha até à prisão de Valhadolide, no dia 4 de Maio, «Kitxu gure artean egon behar zen egunean» [dia em que Kitxu devia estar connosco]. Haverá ainda um acampamento contra a doutrina 197/2006, de 17 a 19 de Maio, e, no último destes dias, uma manifestação em Erromo, a nível da comarca de Uribe Kosta. / Fonte: herrira.org / Fotos: No a la pena perpetua! Kitxu aske! (ukberri.net)

Na última sexta-feira do mês, o Herrira exigiu o fim das medidas de excepção

Ontem ao meio-dia, o movimento Herrira levou a cabo uma concentração em Gasteiz e outra em Iruñea, nas quais exigiu o fim da aplicação das medidas de excepção aos presos políticos bascos. Ao fim da tarde, muitas outras concentrações se realizaram por todo o território basco.

Em Gasteiz, a mobilização teve lugar junto ao Hospital Santiago, e ali se reclamou ao Governo de Lakua que respeite o direito à saúde dos presos bascos, especialmente dos quinze que têm doenças graves. No local, tomaram a palavra uma médica e uma enfermeira, que manifestaram precisamente a sua preocupação em relação à situação destes últimos.

Em Iruñea, por seu lado, pediu-se a derrogação da doutrina 197/2006, e fez-se especial menção ao caso de dez presos de Nafarroa - três deles iruindarras - que continuam na prisão mesmo depois de terem cumprido na íntegra as penas a que foram condenados. A concentração teve lugar na Praça do Município, numa altura em que na Câmara Municipal da capital navarra se debatia uma moção sobre a questão, que foi rejeitada - os vereadores de UPN, PSN e PP votaram contra, o do Geroa Bai absteve-se, e só os do Bildu e da I-E votaram a favor.

Em ambas as concentrações se realçou a importância da mobilização de 18 de Maio e fez-se um apelo à participação dos cidadãos e dos agentes sociais, por forma a que, nesse dia, o povo encha as praças de Euskal Herria. / Ver: naiz.info e Gara / Vídeo: em Iruñea, o Herrira pediu a derrogação da doutrina 197/2006 (Herrira)

Nahikari Otaegi apresentou-se na prisão de Aranjuez
Nahikari Otaegi foi a última dos oito jovens donostiarras condenados pelo Supremo espanhol pela sua militância política na Segi a ser encarcerada. Ontem, pelas 17h30, apresentou-se na prisão de Aranjuez (Madrid), com a sua filha Oihana, de sete meses, acompanhada por elementos da sua família. Condenada a seis anos de prisão, tem ainda quatro anos e meio para cumprir.

A filha pode estar com ela até aos três anos de idade. Tem um outro filho, Ekaitz, que fica com o pai, o refugiado Aitor Mokoroa. Enquanto Nahikari estiver presa, a família não estará junta, uma vez que Aitor não a pode ir visitar à prisão. Antes de Nahikari, foram encarcerados seis jovens no Aske Gunea (sete, se contarmos com Ekaitz de Ibero, absolvido neste processo mas condenado noutro); Imanol Vicente apresentou-se na quarta-feira na prisão de Martutene. / Ver: naiz.info e Berria

«O povo por Abril, as troikas contra ele»

Tal oposição flagrante entre o povo e os actuais executantes das imposições da troika estrangeira indicia a outra perigosa vertente da obra destruidora que levam a cabo: o desastre económico e social, a não ser detido, conduzirá também ao desastre do regime democrático. / Para o governo e para Cavaco Silva, a lei fundamental em vigor são as imposições da troika, não a Constituição da República. O seu programa não visa o défice orçamental ou o endividamento externo, como alegam (e que a sua política agrava), mas o Portugal de Abril e o que permanece do regime democrático. (Nota dos Editores de ODiario.info)

«"La palabra es acción"», de Amparo LASHERAS (Gara)
Nos encontramos tan inmersos en ellas y tan confiados de su necesidad que, sin querer, nos arrastran hacia la incomprensión de lo que vivimos y cuando el sistema nos roba las palabras más nuestras, las del patrimonio revolucionario, las del pueblo que sirven para denunciar el oscuro imaginario del capitalismo, no nos damos cuenta y las olvidamos.

«En la red tampoco lo conseguiréis», de Borroka Garaia (BorrokaGaraiaDa)
Afortunadamente por mucho que les pese la sociedad vasca ha sabido a lo largo de los años responder a esta política del miedo y donde una pluma ha sido quebrada ha aparecido otra, donde un teclado ha sido robado, nuevos se han encontrado y donde un papel ha sido secuestrado, una nueva imprenta ha surgido. No se puede poner puertas al mar.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A AN espanhola decreta o encerramento da página da Ernai por «enaltecimento do terrorismo»

A Audiência Nacional espanhola decretou o fechamento da página da organização juvenil abertzale Ernai (http://www.ernaiantolakundea.org/), acusando-a de «enaltecimento do terrorismo».

O juiz Eloy Velasco acusou o responsável da página, Aitor Ortuondo, de «enaltecer» o preso basco recentemente falecido Xabier Lopez Peña, e intimou-o a depor como arguido no dia 9 de Maio.

A decisão do juiz foi tomada na sequência de um relatório elaborado e enviado pelos responsáveis da Polícia espanhola em Nafarroa ao tribunal de excepção espanhol.

De acordo com o auto hoje tornado público, a página terá de continuar encerrada «enquanto prosseguirem as investigações para se conhecerem os responsáveis pela prática do crime de enaltecimento». / Fonte: topatu.info / Mais informação: naiz.info e Berria

Eis mais um exemplo da «democracia à espanhola». Quem quiser, pode ler aqui a coisa emanada, com toda a sua linguagem de merda. Fascistas!

Irabaziko dugu! Venceremos!

«Nota de Ernai ante el cierre de su web por la Audiencia Nacional» (cas / eus) (boltxe.info)
[...] siguen rasgando nuestros derechos, estando todos los aparatos del estado criminalizando la Izquierda Abertzale con la intención de mermar sus posiciones políticas. Mejor harian los estados dejar esta política irresponsable y dar pasos hacia la solución definitiva. Abandonar las medidas de excepción y cerrar la Audiencia nacional por ejemplo.

Ver: «O EH Bildu denunciou a ordem de encerramento da página da Ernai decretada pela AN espanhola» (naiz.info)
A coligação abertzale manifestou o seu mal-estar e a sua preocupação perante a decisão, hoje tomada por um juiz do tribunal de excepção espanhol, de encerrar a página da Ernai, bem como a intimação de um dos responsáveis do site como arguido; denunciou também as «estratégias baseadas na criminalização e na perseguição política», que «devem ser abandonadas», e criticou aqueles que tudo fazem «para colocar obstáculos ao processo de resolução».

76.º aniversário do bombardeamento de Gernika. Beti gogoan!

Gernika, 26 de Abril de 1937-2013
Sinos e sirenes, hoje, às 15h45. Oroimena, duintasuna eta borroka! Memória, dignidade e luta!

Martxelo Álvarez [Ahaztuak 1936-1977]: «Para Gernika, em denúncia do imperialismo e da impunidade franquista» (Info7 Irratia)

Felix Soto [Lau Haizetara Gogoan]: «O solo ético dos sucessores do franquismo tem 150 000 cadáveres debaixo de si» (Info7 Irratia)
Numa conferência de imprensa dada esta quarta-feira em Bilbo, a plataforma Lau Haizetara Gogoan deu a conhecer as últimas novidades sobre o processo aberto na Argentina contra alguns dos responsáveis pelo Genocídio Franquista. A plataforma também falou das videoconferências decretadas pela juíza argentina María Servini de Cumbría por forma a ouvir os depoimentos de alguns dos queixosos, entre os quais figuram Andoni Txasko, gravemente ferido pela Polícia nos acontecimentos de Gasteiz de 1976, e Jon Etxabe, um dos condenados no Julgamento de Burgos. Nós falámos com o donostiarra Felix Soto, membro da plataforma Lau Haizetara Gogoan.

Primeiro de Maio: o LAB vai mobilizar-se em 24 comarcas de Euskal Herria

Numa conferência de imprensa em Donostia, o sindicato LAB apresentou as mobilizações que convocou para o Primeiro de Maio e que, juntamente com a greve geral de dia 30, irão procurar «aprofundar a crise de um sistema institucional demencial, no qual os despejos convivem com um monte de casas vazias, o desemprego com inúmeras horas extra e o desemprego que atinge mais de metade da juventude com o atraso da idade de reforma. Trata-se de um sistema ao serviço de uma elite económica», afirmou a sua secretária-geral, Ainhoa Etxaide. / Ver: Gara

Sindicatos e agentes sociais exigem uma «mudança radical» na política orçamental e fiscal do País Basco Sul
A maioria dos sindicatos bascos e meia centena de organizações sociais convocantes da Greve Geral de 30 de Maio concentraram-se hoje frente à sede do Governo de Lakua em Bilbo para exigir uma «mudança radical» nas política orçamental e fiscal de Hego Euskal Herria e fizeram um apelo à adesão à greve.
Ver: naiz.info e BilboBranka

«A destruição de emprego agrava-se em Euskal Herria e a taxa atinge 19% em Nafarroa», de Joseba SALBADOR (Gara)
Os dados sobre o desemprego no primeiro trimestre de 2013 ontem divulgados pelo Observatório para o Desenvolvimento Socioeconómico de Euskal Herria, Gaindegia, dão conta de um novo aumento da taxa de desemprego, que passa de 15,7% no quarto trimestre de 2012 para 16,4%, com o número de desempregados a subir até aos 237 243 (mais 7688 pessoas) em Euskal Herria. Só a diminuição da população activa impediu que a taxa de desemprego alcançasse cotas ainda mais elevadas.

Julgamento dos cinco grevistas: para a defesa não há forma de provar o crime de que os acusam
Cinco jovens de Iruñerria foram julgados esta quarta-feira na Audiência Provincial de Iruñea, acusados de atentar contra o direito ao trabalho. O MP pediu 4 anos e meio de prisão para cada um. Os factos ocorreram na Greve Geral de 26 de Março de 2012. Para a defesa não há forma de provar o crime de que os acusam.
Fonte: ateakireki.com / Mais informação: naiz.info

O PNV de Bilbo recusa-se a pedir a derrogação da «doutrina Parot»

Os jeltzales, que tinham aprovado no Parlamento de Gasteiz e em mais de 90 municípios uma moção em que se solicita um posicionamento contra o prolongamento das penas aos presos bascos - por via da aplicação da chamada «doutrina Parot» -, apresentaram e aprovaram ontem, em Bilbo, uma emenda à moção «que não faz referência à questão».

Na moção, apresentada pelo Bildu, exigia-se ainda a libertação dos presos que, tendo cumprido na íntegra as penas a que foram condenados, viram ser-lhes aplicada a referida doutrina.

Segundo denuncia a coligação abertzale, ao contrário do que se passou no Parlamento de Gasteiz ou nas Juntas Gerais de Araba, Bizkaia e Gipuzkoa, na Câmara Municipal de Bilbo o PNV opôs-se à moção, procurando evitar a discussão com a apresentação de «uma vaga emenda que não fazia qualquer referência à questão proposta». / Ver: BilboBranka via lahaine.org

Ataque fascista à Iñakienea, em Urbina
Mais uma vez, voltou a ocorrer um ataque fascista em Urbina (Legutio, Araba) - ao que parece na noite de sexta para sábado. A placa em homenagem a Iñaki Ormaetxea Antepara, morto a tiro pela Guarda Civil em 1991, em Morlans, foi pintada com tinta vermelha e na fachada da casa da família apareceu pintada uma bandeira espanhola. Para além disso, foi roubada do local uma bandeirola a favor da Amnistia. (gazteiraultza.info)

Iñaki Ormaetxea Antepara era filho de Blanca Antepara, uma figura muito conhecida em Euskal Herria - uma mãe para os presos -, que faleceu em Janeiro do ano passado.

Delegado do Governo espanhol na CAB recorre contra ajuda da Deputação de Gipuzkoa ao colégio Xalbador

Na quarta-feira, o deputado-geral de Gipuzkoa, Martin Garitano, deslocou-se a Kanbo (Lapurdi), onde visitou o colégio Xalbador e assinou um acordo com a Seaska (a federação de ikastolas do País Basco Norte) para oficializar o apoio de 600 000 euros, distribuído ao longo de três anos, às obras de ampliação da referida instituição de ensino.

Ontem, o delegado do Governo espanhol na CAB recorreu para a justiça, alegando que, com esta decisão, a Deputação de Gipuzkoa «ultrapassou» as suas competências territoriais e acrescentando que é às instituições francesas que cabe prestar a ajuda financeira. (Ver: Berria e kazeta.info)

Ver: «Urquijo, independentziaren aldeko argudio sendoa» (Gara)
[Urquijo, um forte argumento a favor da independência]

Araba Euskaraz: canção e videoclip
No dia 16 de Junho, celebra-se em Amurrio o Araba Euskaraz, a festa das ikastolas de Araba, cuja a 33.ª edição é organizada pela Aresketa ikastola. A canção foi composta por Unai Mendibil e Igon Olaguenaga, do grupo Mandoile; o videoclip foi produzido pelo músico e realizador de cinema Luis Vil e a sua equipa de trabalho.
Ver: Berria / Mais informação e letra: arabaeuskaraz.net

Antes do Araba Euskaraz, celebra-se o Herri Urrats (a festa das ikastolas de Ipar Euskal Herria; em Senpere, a 12 de Maio) e a Ibilaldia (a festa das ikastolas da Bizkaia; em Portugalete, a 26 de Maio).

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Imanol Vicente entregou-se na prisão de Martutene

Na sequência da sentença do Supremo Tribunal espanhol, que condenou oito jovens de Donostia a seis anos de prisão pela sua militância política na Segi, e da ordem de prisão decretada contra eles pela AN espanhola, na sexta-feira passada a Ertzaintza investiu contra o firme «muro popular» formado por centenas de pessoas que os protegia, em Donostia, e procedeu à detenção de seis deles.
Imanol Vicente e Nahikari Otaegi não se encontravam no Boulevard quando as detenções ocorreram. Hoje, Imanol entregou-se na prisão de Martune, acompanhado por familiares e amigos; Nahikari Otaegi passou os últimos dias, em liberdade, em Donibane Lohizune (Lapurdi).

Esta última afirmou ontem que se irá entregar às autoridades esta semana. Já cumpriu um ano e meio da pena a que foi condenada por militância na Segi, e ainda tem quatro anos e meio pela frente. Vai levar consigo a filha Oihana, de sete meses; o filho, Ekaitz, fica com o seu companheiro, Aitor Mokoroa. Para além destes oito jovens, muitas outras pessoas correm o risco de serem condenadas e ir parar à prisão no âmbito de processos políticos em Euskal Herria: mais de duzentas. / Ver: Berria

Entrevista a Nahikari Otaegi / Nahikari Otaegiri elkarrizketa (eus)
Ver também: Entrevista a Nahikari Otaegi, por Ainara Lertxundi (cas) (naiz.info)

Testemunhos dos dois detidos em Vallecas por participarem numa concentração solidária com os jovens da Segi
No domingo passado, dois habitantes de Vallecas (Madrid) foram detidos depois de participarem numa acção em solidariedade com os jovens detidos no Aske Gunea na sexta-feira. No vídeo, explicam a uma assembleia de moradores como ocorreu a detenção, bem como as razões por que foram postos em liberdade. (naiz.info)

EH Bildu: «É tempo de esvaziar as prisões, não de as encher ainda mais»
Numa conferência de imprensa dada hoje no Boulevard donostiarra, onde, nos últimos dias foi criado o Aske Gunea [Espaço Livre] em apoio aos oito jovens condenados pelo ST espanhol a seis anos de prisão pela sua militância política na Segi, os porta-vozes do EH Bildu Xabi Soto e Ainhoa Beola criticaram a «perseguição política».
Depois de denunciarem a detenção e o encarceramento de seis dos oito condenados, Beola e Soto reclamaram o fim dos julgamentos políticos, «porque estamos em tempo de esvaziar as prisões, não de as encher mais». Afirmaram ainda que a sociedade quer que sejam dados «passos firmes para se avançar na resolução do conflito político e no caminho da paz» e defenderam que se respeitem «todos os direitos de todas as pessoas».
Para além disso, criticaram tanto a atitude da Ertzaintza ao despejar o espaço - «foram muitas as pessoas que afirmaram ter sido ameaçadas, sofrido humilhações de natureza sexista e agressões físicas» - como a atitude de PNV, PSE e PP, que consideram «totalmente irresponsável». «Quando oito jovens donostiarras vão passar seis anos na prisão pelo seu trabalho político, PNV, PSE e PP limitam-se a atacar quem protesta contra tal injustiça», criticaram. / Ver: naiz.info e ehbildu.net

O escritor anti-sionista Gilad Atzmon falou na Taberna Internacionalista Basca, em Buenos Aires

O espaço da Taberna (no Centro Cultural La Dignidad) foi pequeno, pois havia muita expectativa em relação à presença do escritor Gilad Atzmon, um israelita que renunciou à sua nacionalidade como forma de repúdio pelo sionismo e pela sua política criminosa para com o povo palestiniano. Atzmon também se tornou mundialmente famoso como músico, pois é um excelente saxofonista - talento que também utiliza em solidariedade com a Palestina ocupada.

Atzmon chegou à Taberna Basca através do seu editor, Saad Chedid, que acaba de publicar a sua obra La identidad errante, um trabalho que tem provocado grande agitação pelas ideias corajosas que Atzmon nele expõe, aprofundando a ideia de quão nocivo é para a paz mundial não apenas o sionismo mas também aquilo que o autor define como «a judeidade» que abrange toda a sociedade israelita. Chedid deu início ao debate, explicando por que razão se decidiu a publicar La identidad errante; contou que, desde que o leu pela primeira vez na sua edição em inglês, se apercebeu de que concordava inteiramente com as propostas de Gilad - «apercebi-me de que era um irmão em ideias» -, e a partir daí decidiu solicitar a tradução a Beatriz Morales, uma companheira que vive em Euskal Herria e que participa na solidariedade para com as presas e os presos bascos.

Depois, foi a vez de Gilad, que atacou duramente aqueles que «pretendem varrer o povo palestiniano do mapa» e esclareceu que «o que se passa na Palestina não é só apartheid mas limpeza étnica». Atacou também a chamada «esquerda israelita» por não estar à altura das circunstâncias na luta que é preciso travar contra o imperialismo sionista, e disse que a oposição ao sionismo está também influenciada pelo próprio sionismo. No debate com o público presente, Gilad revelou que até o BDS (campanha de Boicote económico e académico a Israel) «fez cedências em questões vitais», de que é exemplo a alteração, na sua plataforma de objectivos, da questão do retorno dos palestinianos expulsos do seu território. «No primeiro manifesto, no original - disse Gilad - fazia-se referência às fronteiras de 1948, mas ultimamente o BDS fala das fronteiras de Junho de 1967, e isso não é uma questão de pormenor».

Menção à parte merece o trabalho de apoio de Guillermo Azzi à realização do debate, traduzindo impecavelmente cada uma das ideias expressas por Atzmon. Antes da intervenção de Gilad, foi exibido um documentário sobre o seu trajecto como lutador anti-sionista e como músico.

No final da iniciativa, Gilad mostrou os seus dotes de saxofonista, e foi despedido com uma ovação, não só pela sua música, mas também pela coragem mostrada no confronto que mantém contra o sionismo e pelo seu compromisso com a Palestina. Ele fala da questão nestes termos: «Só voltarei à minha terra, quando ela for Palestina». / Fonte: Amigos do País Basco na Argentina