Foi apresentado ontem em Portugalete (Bizkaia) o projecto Eleka, dinamizado por militantes comunistas da esquerda abertzale e que tem como objectivo contribuir para a formação política e ideológica das bases do movimento de libertação nacional e social.
De acordo com os promotores, «o Eleka nasce para abrir caminhos, para acabar com velhos e cinzentos preconceitos de erros históricos, para conhecer o que hoje pensam os comunistas bascos».
O Eleka traçou como principal objectivo desenvolver e promover a formação política e ideológica dos trabalhadores, fomentando a consciência crítica, a militância política e a capacidade de organização e de resposta dos trabalhadores de Euskal Herria.
Para tal, está prevista a organização de jornadas, seminários, debates, grupos e fóruns de discussão. No cerne do projecto do Eleka estão as Herri Eskolak, que irão desenvolver os conteúdos para a formação destinada à construção nacional e social. «O Eleka é um espaço aberto a todos aqueles que trabalham a favor do binómio constituído pela independência e pelo socialismo», acrescentaram os promotores da iniciativa.
Para além disso, convidaram as pessoas a participar nas primeiras jornadas que irão organizar, nos dias 2, 3 e 4 de Maio em Donostia e Bilbo. Nelas, ir-se-á reflectir sobre a relação entre a situação de opressão existente em Euskal Herria e a conjuntura sociopolítica internacional.
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A cerimónia de apresentação terminou com uma homenagem à família de Jesus Larrañaga, Goierri, conhecido militante comunista que foi assassinado na guerra de 1936 pelas hordas fascistas e que constituiu uma das principais referências para a definição das bases ideológicas deste novo projecto. Na presença de um público visivelmente emocionado, o acto terminou de forma sublime, com os presentes a cantarem «A Internacional» e o «Eusko Gudariak». / Fontes: boltxe.info e Gara / Mais informação e manifesto: eleka.org
O Sortu apresentou o Conselho de Gasteiz para «deitar abaixo os pilares» da direita na cidade
O Sortu apresentou ontem o Conselho de Gasteiz, que tem por fito construir um projecto de esquerda e abertzale capaz de «derrubar os pilares que as direitas mais retrógradas construíram na nossa cidade durante tantos anos».
O acto de apresentação pública do Conselho, que é liderado por Egoitz Garmendia, teve lugar nos cinemas Guridi, na capital alavesa. Tendo em vista o futuro, o Sortu Gasteiz traçou como desafio a articulação de um espaço de trabalho e de luta em que todo o mundo tenha lugar.
«Devemos encontrar uma dialéctica apropriada entre a dinâmica da rua e a luta institucional, porque são instrumentos complementares e porque nessa equação reside a chave do êxito», sublinhou Garmendia. / Fonte: naiz.info
«O delegado do Governo espanhol na CAB considera que falar de presos políticos é um dos indícios que poderão sustentar a ilegalização da esquerda abertzale» (naiz.info)
Carlos Urquijo, delegado do Governo espanhol nos territórios de Araba, Bizkaia e Gipuzkoa, disse que a utilização do termo presos políticos é uma das mais de vinte «acções e atitudes» da esquerda abertzale que pôs ao conhecimento da Procuradoria, por entender que «poderão ultrapassar os limites» estipulados na sentença do Tribunal Constitucional que permitiu a inscrição do Sortu no registo dos partidos políticos. Entre as «acções e atitudes» dadas a conhecer ao procurador figuram também a participação de representantes do Sortu na recepção a Xabier López Peña e o apoio mostrado pelo Bildu aos oito jovens de Donostia condenados por serem da Segi.