O movimento popular Eleak fez saber que foi tramitada a ordem de detenção contra os oito jovens donostiarras condenados a uma pena de seis anos prisão pela Audiência Nacional espanhola, recentemente confirmada pelo Supremo Tribunal. As notificações foram enviadas ontem aos advogados, pelo que os jovens podem ser presos a qualquer momento. O Eleak pediu às pessoas que apareçam em força no Aske Gunea do Boulevard para apoiar os jovens condenados.
Na habitual concentração do meio-dia, que se realizou sob o lema «AskeGunea. Libre eta legala», estiveram presentes mais 300 pessoas e ouviram-se palavras como «Não vamos deixar que vos levem» ou «Desobediência, solidariedade».
Entre outros, estiveram no local Maite Aristegi, deputada da Amaiur, Xabi Soto, membro do EH Bildu, e Joxean Agirre, coordenador do Sortu em Gipuzkoa. Agirre afirmou que «em Madrid e Paris existem agentes activos contra a paz», «inimigos da paz».
O porta-voz do Eleak, Txerra Bolinaga, sublinhou que irão dar um apoio de «24 horas» aos jovens. Pensa que ficou «bastante claro» o compromisso das pessoas que se juntaram no Aske Gunea e confirmou que os jovens condenados não vão ficar «sozinhos». / Ver: Berria e naiz.info / Fotos: o Aske Gunea encheu-se de gente (naiz.info) / Vídeo: concentração e declarações (Berria)
Ontem, os jovens receberam o apoio das organizações juvenis Ikasle Abertzaleak e Ernai, que convocaram para esta quinta-feira uma jornada de paralisações nos ikastetxes e no campus universtário de Donostia e uma manifestação às 13h00 (a partir da catedral do Artzain Ona / Bom Pastor).
Também ontem, Juan Karlos Izagirre, autarca de Donostia, recebeu os oito jovens donostiarras condenados, a quem manifestou a sua solidariedade, sublinhando que a sentença vai contra os direitos civis e políticos. «Nestes tempos em que estamos a avançar no caminho da paz, decisões como esta são incompreensíveis», afirmou. (Ver: naiz.info)
Construindo um muro popular, com o apoio do Aske Gunea [Espaço Livre]
Quem são os jovens que querem meter na prisão?
