sábado, 27 de abril de 2013

Itália extraditou Lander Fernández para Espanha

Ao início da tarde, a Polícia levou o bilbaíno para o aeroporto de Campino (Roma), onde o meteu num avião com destino a Madrid, segundo divulgou a agência Efe, citando fontes judiciais.

De manhã, a Polícia italiana foi até à casa do bilbaíno, em Roma, para o levar, mas deparou com cerca de 60 pessoas à entrada e mais 30 no interior, entre as quais dois advogados e dois deputados, que se sentaram no chão para tentar impedir a detenção.

Depois de demoradas negociações, Lander saiu da casa no carro do seu advogado, e foi levado para uma esquadra de Roma, acompanhado pelo seu advogado, por um amigo e por um deputado.

A Polícia italiana tinha intenções de o extraditar para o Estado espanhol hoje mesmo, mas um senador solicitou à ministra da Justiça que suspendesse a extradição e aceitasse a possibilidade de apresentar recurso. Segundo foi referido ao naiz.info, não ficou claro se a ministra assinou a ordem de extradição e alguns prazos não foram respeitados.

Lander Fernández foi preso em sua casa, em Roma, em Junho do ano passado, na sequência de um mandado europeu emitido pela AN espanhola, e passou cerca de dez meses em prisão domiciliária. A 15 de Janeiro, o Tribunal de Roma deu luz verde à sua extradição e há cerca de duas semanas o Supremo italiano confirmou essa decisão.

Perseguição constante
Em Maio de 2009 afirmou ter sido perseguido, sequestrado e agredido por indivíduos que se identificaram como agentes da Ertzaintza, depois de se ter recusado a colaborar com eles; no mês seguinte, foi preso no aeroporto de Barajas, quando regressava de uma viagem à Venezuela. Foi parar à prisão, acusado de participar numa acção de sabotagem em 2002. Foi libertado pouco depois, sob fiança.
Em Outubro de 2010, a AN espanhola condenou-o a três anos de prisão, acusando-o de «colaborar» com a ETA por levar 300 rifas da Elkartasun Zozketa [Lotaria da Solidariedade]; em Julho de 2011, o Supremo Tribunal anulou a sentença. / Ver: naiz.info e BilboBranka / FOTOS: solidariedade com Lander (Simona Granati)

Lander askatu!


Em Erromo, reclamou-se a liberdade de Iñaki Gonzalo, Kitxu
Habitantes e diversos agentes de Itzubaltzeta/Erromo (Getxo, Bizkaia) exigiram hoje, numa conferência de imprensa, que o preso político do bairro Iñaki Gonzalo, Kitxu, seja libertado no próximo dia 4 de Maio. Foram apresentadas cerca de 1300 assinaturas de habitantes do bairro que rejeitam a aplicação da doutrina 197/2006 (conhecida como «doutrina Parot» e que permite prolongar o cumprimento das penas) ao seu conterrâneo, considerando que isso «viola a Convenção Europeia dos Direitos do Homem».

Para além disso, pediram à Assembleia Municipal de Getxo que solicite a libertação do erromoztarra e a de todos os outros presos a quem a referida doutrina foi aplicada, nas datas correspondentes [não nas datas subsequentes à aplicação da doutrina]. Aderiram a esta petição os seguintes agentes: Bildu de Getxo, Sortu, os sindicatos ELA e LAB, movimento M-15 de Uribe Kosta, Itsasoruntz, LZPren aurkako Uribe Kostako asanblada, Itzubaltzetako Gazte Asanblada, Ernai, Itzubaltzetako Emakumeen Asanblada, Erromo Duin, Erromo eta Pinuetako jai batzordea, herriko koadrilak e o Erromotarrak futbol taldea. Na próxima terça-feira, a AM de Getxo irá debater uma moção sobre a questão.

Por outro lado, foram também organizadas diversas iniciativas pela libertação de Kitxu para os próximos dias e semanas. Uma delas é a marcha até à prisão de Valhadolide, no dia 4 de Maio, «Kitxu gure artean egon behar zen egunean» [dia em que Kitxu devia estar connosco]. Haverá ainda um acampamento contra a doutrina 197/2006, de 17 a 19 de Maio, e, no último destes dias, uma manifestação em Erromo, a nível da comarca de Uribe Kosta. / Fonte: herrira.org / Fotos: No a la pena perpetua! Kitxu aske! (ukberri.net)