Depois de, à noite, a Ertzaintza ter aparecido no Boulevard por duas vezes e por duas vezes se ter ido embora, hoje o apoio aos jovens no Aske Gunea é ainda maior.
Numa jornada em que as organizações juvenis Ernai e Ikasle Abertzaleak convocaram paralisações nos ikastetxes e nas universidades, muitos estudantes dirigiram-se para o local.
À hora de almoço, os Deskontrol deram um concerto no Espaço Livre, a que se seguiu a leitura de um manifesto. «Depois do Aske Gunea as coisas não serão iguais», avisaram, afirmando em seguida que, se quiserem prender os oito condenados, «têm de passar por cima de nós».
À tarde, Aurore Martin e Anaiz Funosas estiveram no Aske Gunea. Aurore disse que «a chave é o povo, e não outra coisa. A chave somos nós». Na concentração da tarde juntaram-se cerca de 1500 pessoas. No final, Aitor Lorente falou em nome dos condenados e reconheceu que se encontram «cansados», mas acrescentou que estão «bem» e pediu às pessoas que continuem com eles, pois acredita que o muro popular é capaz de parar as detenções.
De acordo com a informação divulgada no Aske Gunea e nas redes sociais hoje de manhã, furgões da Ertzaintza provenientes de diferentes pontos de Euskal Herria dirigiram-se para Donostia, e foi detectado um grande movimento de veículos da Polícia autonómica junto à esquadra de Antiguo, levando a crer que as detenções seriam iminentes. Para além disso, também havia a indicação de que alguns órgãos de comunicação tinham sido avisados de que a operação ia ser concretizada nas horas seguintes. (naiz.info, naiz.info e Berria) / Fotos: o Aske Gunea cheio de gente (Berria / naiz.info)
À noite, o «muro popular» evitou por duas vezes a detenção dos oitos jovens
Esta noite, a Ertzaintza apareceu por duas vezes no Boulevard donostiarra para deter os oito jovens condenados a seis anos de prisão pela sua militância política pelo Supremo Tribunal. No entanto, o «muro popular» construído no Aske Gunea obrigou a Polícia autonómica a ir-se embora sem efectuar as detenções.
Por volta da meia-noite, várias furgonetas da Ertzaintza, com as luzes e as sirenes activadas, aproximaram-se do Boulevard donostiarra, onde cerca de 500 pessoas dormiam em redor dos condenados. Então, as pessoas sentaram-se no chão, protegendo os jovens donostiarras que na terça-feira foram informados da ordem de detenção. Nesses momentos de tensão, ouviram-se expressões como «Ez gaituzue geldituko!» [não nos vão parar], «Euskal gazteria aurrera» [juventude basca avante] ou «Ez diegu utziko eramaten» [não vamos deixar que os levem].
Ver também: «Aske Gunea, um muro de liberdade contra a imposição» (boltxe.info)