O Herrira realizou hoje uma concentração frente ao Consulado de França em Bilbo, na qual pediu o fim imediato das «medidas de excepção» que são aplicadas aos presos políticos bascos. Roberto Noval, membro do Herrira, afirmou que foram estas medidas que conduziram à morte do preso galdakoztarra Xabier López Peña e, por isso, apresentou uma queixa formal no consulado.
O Herrira pede o fim das medidas de excepção no Consulado francês
Noval disse que ainda não se sabe o que aconteceu a López Peña desde que entrou no hospital até ao momento da sua morte. Para além disso, nem a família nem o médico de confiança receberam qualquer relatório médico sobre o período em que esteve hospitalizado, disse. Também considerou «incompreensível» a forma como a família foi tratada e, por tudo isto, apresentou uma queixa formal no Consulado de França em Bilbo.
Para o Herrira, a morte de López Peña é consequência do facto de, desde a sua detenção, em 2008, ter permanecido «a 1000 km de casa, ter sido submetido a um regime de isolamento e não ter recebido os cuidados médicos» adequados à sua doença.
Preocupação com Fernández Iradi, gravemente doente
Por outro lado, o Herrira manifestou a sua preocupação com o estado de saúde de Ibon Fernández Iradi (Lasarte, Gipuzkoa), que se encontra gravemente doente. Fernández Iradi tem esclerose múltipla e o Herrira considera impossível que o preso seja tratado de forma adequada sob as medidas de excepção que lhe são aplicadas. Assim, solicitou ao Estado francês a sua libertação imediata, para que não se repita a situação de Xabier López Peña.Por último, o Herrira pediu às pessoas que participem na manifestação deste sábado em Bilbo (La Casilla, 17h30), que tem como lema «Berriro gerta ez dadin, salbuespen neurriak eten. Giza eskubideak. Irtenbidea. Bakea». / Fonte: BilboBranka / Carta do Herrira ao Cônsul de França
Juan Manuel López Peña: «A Xabier le han tratado mucho peor que a los perros» (Gara)
Entrevista de Mikel Pastor a Juan Manuel López Peña, irmão de Xabier.
«O Herrira responde ao delegado do Governo espanhol que a sua marcha fará a "apologia do respeito pelos direitos"» (Gara)
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Continuam a pedir um ano de prisão para o azpeitiarra que afixou faixa pelo repatriamento dos presos
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Anteontem, o procurador do Supremo Tribunal confirmou a pena. O procurador considerou que «não faz muito sentido» exibir faixas destas no contexto das festas locais [LOL], e mantém a acusação de «enaltecimento do terrorismo». O arguido negou as acusações, explicando por que motivo mostrou a foto: «Quis reforçar uma reivindicação, dar a conhecer uma determinada situação, personalizada».
A defesa de Arzallus disse que as suas acções não constituem enaltecimento e que nelas apenas se limitou a pedir a aproximação dos presos políticos bascos. Acrescentou que a faixa foi exibida numa concentração autorizada pela Audiência Nacional espanhola. / Ver: Berria