Cerca de 600 pessoas participaram ontem de manhã numa «Marcha por Ezkerraldea», parando em frente a várias instituições para denunciar as situações de desemprego, precariedade, pobreza e os cortes nas prestações sociais que afectam milhares de pessoas e famílias na comarca biscainha.
A marcha terminou na Kasko Plaza, em Sestao, e foi composta por duas colunas, uma proveniente de Santurtzi e outra de Bilbo (os participantes nesta última apanharam o comboio até Barakaldo, e só daqui marcharam até Sestao).
Desemprego, precariedade, empobrecimento
De acordo com os dados da Berri-Otxoak, Plataforma contra a Exclusão Social e de defesa dos Direitos Sociais, na comarca de Ezkerraldea há 22 525 desempregados, 56% dos quais não recebem qualquer tipo de prestação; 40 mil pessoas trabalham com um contrato precário e 1800 trabalham em grandes superfícies comerciais auferindo salários inferiores a 500 euros por mês; 50 mil famílias são atingidas pela pobreza e têm sérias dificuldades para chegar ao fim do mês; cerca de 6000 pessoas recorrem ao Banco Alimentar ou aos refeitórios da Cáritas. Nos últimos dois anos, 1200 famílias foram despejadas das suas habitações.
Marchas da Dignidade
Convocadas pela plataforma GUNE, que inclui a maioria dos sindicatos bascos e cerca de meia centena de colectivos sociais, diversas marchas andam a percorrer o território basco, no âmbito da campanha contra a pobreza que tem como lema «Nos arrastran la empobrecimiento y la precariedad. Euskal Herriak bere bidea». As marchas começaram no dia 11 deste mê e prolongam-se até dia 20, em Iruñea, onde terá lugar uma manifestação e o acto final da iniciativa. No dia 22, a GUNE também estará presente na «Duintasunaren Martxa / Marcha de la Dignidad» em Madrid. / Ver: herrikolore.org e berri-otxoak via boltxe.info