quarta-feira, 12 de março de 2014

Habitantes de Barañain apoiam Garbiñe Urra e Jon Ziriza e convocam mobilização para sexta-feira

Dezenas de pessoas expressaram ontem o seu «apoio» a Jon Ziriza e Garbiñe Urra, jovens de Barañain (Nafarroa) recentemente julgados com mais 34 jovens independentistas na Audiência Nacional espanhola, no âmbito do processo 26/11, acusados de pertencerem à organização juvenil, revolucionária Segi.
Urra e Ziriza, que foram detidos e encarcerados em 2009, afirmaram ter sido torturados. A Procuradoria da AN espanhola pediu seis anos de cadeia para cada um. «É bem conhecido o trabalho realizado por estes dois jovens em Barañain, no movimento juvenil, na área da cultura ou na defesa dos direitos...», afirmaram os seus conterrâneos, que perguntam «de que forma é que meter mais gente na cadeia ajuda Barañain e o actual contexto político».

Por isso, pediram ao povo de Barañain e, em especial, às suas autoridades que não aceitem «que Garbiñe e Jon sejam novamente levados», bem como um «envolvimento firme nos casos dos/as habitantes imputados/as ou condenados/as pelo seu trabalho político». Afirmaram que «se vivem tempos de compromisso e resolução» e convocaram uma mobilização para sexta-feira, 14,
às 19h00, no decorrer da qual vão desenhar a palavra LIBRE na Praça do Município; encorajaram a gente de Barañain a participar.

Em Barañain, existem actualmente dois presos políticos: Luis Goñi e Xabier Sagardoi, ambos na cadeia pela sua militância política. Os também barañaindarras Mikel Flamarike, Iñigo Gonzalez e Gorka Mayo estão em liberdade condicional e aguardam por julgamento. / Ver: ahotsa.info e topatu.info

Ver também: «Multa de 900 euros para quem convocou o cordão humano da Herri Harresia em Barañain» (ahotsa.info)
A pessoa que convocou o cordão humano solidário com Luis Goñi e Xabier Sagardoy, jovens de Barañain que tinham sido condenados a seis anos de prisão por pertencerem à Segi, foi multada em 900 euros, referiu o Herri Harresia [Muro Popular]. A mobilização reuniu 1600 pessoas. Pese embora a repressão económica, em Barañain sublinha-se a necessidade de prosseguir com a mobilização.