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Compreende-se o desconforto que a Revolução inspira na actual classe dominante: a geração de Soares dos Santos, Américo Amorim e Ricardo Salgado tem mais em comum com os senhores feudais parasitários que, em 1383 se passaram para o lado de Castela do que com a burguesia revolucionária de Álvaro Pais, Gil Fernandes e Álvaro Coitado, construtores conscientes do capitalismo embrionário a que Fernão Lopes chama a Sétima Idade do Mundo «na qual se levantou outro mundo novo e nova geração de gentes, porque filhos de homens de tão baixa condição». (manifesto74)