domingo, 25 de dezembro de 2016

Cipaios seguiram e abordaram um militante do MpA à entrada de sua casa

Numa nota, o Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão (MpA) denuncia a perseguição a que foi submetido um dos seus membros na quarta-feira passada, em Bilbo, após ter participado numa mobilização. O MpA dirige duras críticas à actuação policial e ao PNV.

No dia 21, o MpA promoveu a realização de uma concentração a favor da amnistia na Praça Irmãos Etxebarrieta, em Bilbo. Uma hora e meia depois de terminada a mobilização, dois polícias à paisana abordaram uma pessoa que nela tinha participado, quando ia entrar no seu prédio, lê-se no texto.

Os polícias tentaram que o militante entrasse no prédio, mas ele recusou-se e perguntou-lhes quem eram; foi então que eles se identificaram como polícias. «Pouco depois apareceu no local uma viatura dos cipaios com os distintivos policiais», refere o MpA.

Além de identificarem o militante, os polícias disseram-lhe que ele era «tonto», pois tinham-no seguido por vários bares sem que ele se apercebesse - e «vangloriam-se disso». Disseram-lhe ainda que iria receber uma «notificação administrativa».

«Enchem a boca com os "direitos humanos" dos presos»
O Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão faz questão de denunciar o comportamento da Polícia, que «vigia os seus militantes» e «ataca constantemente as suas iniciativas». O MpA salienta que é «palpável» a campanha em curso dos cipaios «contra as actividades e os militantes favoráveis à amnistia», e acrescenta que, «do Verão para cá, se tornaram habituais as identificações, as multas, a remoção da faixas e também as vigilâncias».

Neste sentido, o MpA crítica de forma veemente o PNV, «que é quem dá a ordem de perseguição às suas actividades». «Enchem a boca com os "direitos humanos" dos presos, mas na prática perseguem a amnistia, que é a única alternativa que pode garantir definitivamente esses direitos», afirma o MpA, sem esquecer que «o PNV foi e continuará a ser um dos pilares fundamentais que os Estados têm contra Euskal Herria, e que tem responsabilidade directa na existência dos presos, refugiados e deportados políticos, bem como na morte de vários militantes».

«O inimigo quer-nos fazer crer que, sem lutar e com submissão, a repressão terá fim. Nós vamos mostrar a todos que continuaremos a lutar até acabar com a repressão», sublinha o MpA. / Ver: amnistiAskatasuna 1 e 2