Excerto do texto da plataforma Sanfermines 78 gogoan!
“Nesses tempos viviam-se momentos conturbados no panorama sociopolítico do Estado espanhol: depois da morte de Franco, o Povo mostrava-se contra a falta de liberdades e saía à rua para pedir uma mudança. Não contamos nada de novo se dissermos que as festas de San Fermin de 1978 foram uma chamada à ordem, algo orquestrado, preparado com base num guião criminoso e executado com todo o sangue frio em Iruñea [Pamplona], que foi o laboratório utilizado para dar uma lição exemplar e assim abortar as ânsias de liberdade em todo o Estado.
Acabaram com as Festas, massacraram todo um Povo, detiveram muitos, feriram mais, e assassinaram Germán… Lição exemplar, desde logo… Tão graves foram os factos que praticamente todos os partidos políticos de então denunciaram a atrocidade cometida, perante a mentira da versão oficial. Receberam-se mostras de solidariedade de todo o Estado, e num dos protestos Joseba Barandiaran caiu assassinado, em Donostia.
Depois, com o passar dos anos, e partindo do poder político, quiseram silenciar a verdade e tentaram fazer com que esquecêssemos o que se passou; até nos arrebataram a estrela de Germán, o monólito que o Povo ergueu precisamente para que não se esquecesse. Mas não alcançaram os seus objectivos: o Povo de Iruñea não esqueceu, e para além do mais, entre todos e todas, conseguimos que a estrela fosse reposta no seu legítimo lugar, onde nos encontramos e onde caiu Germán.”
Fonte: kaosenlared
Em Burlata, principiam eventos em lembrança das festas de San Fermin de 1978
“Nesses tempos viviam-se momentos conturbados no panorama sociopolítico do Estado espanhol: depois da morte de Franco, o Povo mostrava-se contra a falta de liberdades e saía à rua para pedir uma mudança. Não contamos nada de novo se dissermos que as festas de San Fermin de 1978 foram uma chamada à ordem, algo orquestrado, preparado com base num guião criminoso e executado com todo o sangue frio em Iruñea [Pamplona], que foi o laboratório utilizado para dar uma lição exemplar e assim abortar as ânsias de liberdade em todo o Estado.
Acabaram com as Festas, massacraram todo um Povo, detiveram muitos, feriram mais, e assassinaram Germán… Lição exemplar, desde logo… Tão graves foram os factos que praticamente todos os partidos políticos de então denunciaram a atrocidade cometida, perante a mentira da versão oficial. Receberam-se mostras de solidariedade de todo o Estado, e num dos protestos Joseba Barandiaran caiu assassinado, em Donostia.
Depois, com o passar dos anos, e partindo do poder político, quiseram silenciar a verdade e tentaram fazer com que esquecêssemos o que se passou; até nos arrebataram a estrela de Germán, o monólito que o Povo ergueu precisamente para que não se esquecesse. Mas não alcançaram os seus objectivos: o Povo de Iruñea não esqueceu, e para além do mais, entre todos e todas, conseguimos que a estrela fosse reposta no seu legítimo lugar, onde nos encontramos e onde caiu Germán.”
Fonte: kaosenlared
Em Burlata, principiam eventos em lembrança das festas de San Fermin de 1978
Um total de 25 artistas de pelo menos três diferentes gerações participam com as suas obras na exposição que inaugurou na Casa de Cultura de Burlata, na semana passada, com o objectivo de relembrar as festas de San Fermin de 1978 e como homenagem a Germán Rodríguez, assassinado pelas FOP [Fuerzas de Orden Público] durante os incidentes que então se verificaram - um crime execrável na denominada transição espanhola.
A exposição, apoiada por textos, é o primeiro dos eventos que a plataforma Sanfermines 78 gogoan! pôs em marcha tendo em vista as próximas festas, que serão as primeiras desde 2004 em que o monólito em memória de Germán estará no seu local (foi reposto no Outono).
A exposição, apoiada por textos, é o primeiro dos eventos que a plataforma Sanfermines 78 gogoan! pôs em marcha tendo em vista as próximas festas, que serão as primeiras desde 2004 em que o monólito em memória de Germán estará no seu local (foi reposto no Outono).
Na apresentação da exposição, que decorreu no dia 20, participaram Xabier Barber, do grupo organizador, Mintxo Ilundain (um dos feridos com bala nos incidentes de 1978) e Xabier Morrás, um dos artistas participantes na mostra.
Notícia completa: kaosenlared