quinta-feira, 12 de junho de 2008

Pena perpétua para Pello Odriozola e Inés del Río


O tolosarra Pello Odriozola foi detido em Janeiro de 1988, tendo-lhe sido imposta uma pena de 30 anos de prisão, e deveria recuperar a sua liberdade no próximo dia 2 de Julho, como recordou a Askatasuna. Esta semana, aplicaram-lhe a sentença 197/206 do Supremo Tribunal, fixando o dia 19 de Janeiro de 2018 como data de saída da prisão. Durante os 20 anos de encarceramento, sofreu a dispersão penitenciária em Alcalá, Valdemoro, Herrera, Ourense e Bonxe (Lugo), onde se encontra actualmente.
Por seu lado, a natural de Tafalla Inés del Río foi detida em Julho de 1987 e condenada a 30 anos de prisão. A sua saída também estava marcada para 2 de Julho, mas no passado mês de Maio a Audiência Nacional solicitou uma nova liquidação da pena. De acordo com a Askatasuna, embora não lhe tenham marcado uma nova data de saída, já a condenaram a pena perpétua. Inés del Río encontra-se actualmente detida em Múrcia e também sofreu a dispersão penitenciária em Carabanchel, Ávila, Córdova, Puerto II, Algeciras, Albacete e Soto del Real.
Com Odriozola e Del Río, são já 29 os prisioneiros políticos bascos que sofreram um aumento das penas, aplicando-se-lhes, de facto, a pena perpétua. A Askatasuna denunciou que os governos espanhol e francês “pretendem construir um Guantánamo gigante à medida dos presos políticos bascos”, com o objectivo de “aniquilar os prisioneiros, ocultar o seu carácter político e anular o colectivo, sujeitando-os à política penitenciária mais cruel”.

Fonte: Gara