Manifesto: eu cas
A manifestação terá lugar no próximo dia 21, pelas 18h, a partir da Estação de Autocarros de Iruñea [Pamplona], e decorrerá em silêncio, “para denunciar que o que pretendem calar é a denúncia de todo este sofrimento e de tanta violência por parte do Estado. Queremos demonstrar à sociedade navarra que, por muito que nos persigam, nos ilegalizem, nos batam e nos detenham para logo nos encarcerarem, não conseguirão silenciar-nos”.
Assim se expressava Josu Beaumont, um dos imputados no sumário 33/01, que decorre actualmente em Madrid, durante a comparência que teve lugar em Burlata e em que participaram cerca de meia centena de pessoas de diferentes gerações, todas vítimas de diversos episódios repressivos em Nafarroa.
Sotero Etxandi e Mari Carmen Mañas leram um manifesto em que reafirmam “o compromisso de continuar a denunciar a repressão”, ao mesmo tempo que expressam o seu apoio “total” ao Movimento Pró-Amnistia e aos cidadãos que estão a ser julgados em Madrid, para que “continuem com esse trabalho necessário para Euskal Herria”.
Por seu lado, Josu Beaumont destacou que “a foto de hoje é a foto de Nafarroa, de Euskal Herria torturada, assassinada, ilegalizada, dispersa, espancada, silenciada”, e sublinhou que Nafarroa “não se rende, denuncia, é solidária, não esquece nem perdoa, mas também aposta num futuro sem torturas nem violência, um futuro em democracia e em liberdade”. Por fim, Beaumont denunciou que o objectivo do Estado espanhol é “silenciar essa Nafarroa com o julgamento”, pelo que “a sentença já está escrita”.
Fonte: Gara