sexta-feira, 15 de outubro de 2010

José Luis Elkoro saiu da prisão de Martutene sujeito a medidas restritivas


Passava das 13h30 quando o histórico abertzale José Luis Elkoro, em delicado estado de saúde, saiu da prisão de Martutene, para onde tinha sido transferido no dia 6 de Agosto da prisão de Dueñas (Palência).

Elkoro, de 75 anos, estava preso por causa do sumário 18/98, no âmbito do qual a Audiência Nacional espanhola o condenou a 24 anos de prisão, que depois o Supremo Tribunal baixou para oito. Foi primeiro detido no dia 5 de Dezembro de 2007, em Bergara (Gipuzkoa), e encarcerado, saindo em liberdade três dias depois. A 30 de Abril de 2009 foi novamente detido, tendo permanecido na prisão desde essa altura.

A libertação de Elkoro foi exigida por diversas instâncias e em diferentes iniciativas, como a que levou a cabo uma centena de cargos públicos das últimas três décadas em Bergara, onde foi autarca, ou a marcha empreendida em finais de Setembro.

Pese embora a sua avançada idade e o seu delicado estado de saúde, Elkoro sai da prisão sob fortes medidas restritivas relativas a mobilidade e a actividade. Tem de andar sempre com uma pulseira electrónica, não pode sair de casa entre as 13h00 e as 8h00, tem de se deslocar semanalmente até à prisão de Martutene para assinar e não pode participar em qualquer tipo de actividade política, segundo indicou o Movimento pró-Amnistia.

Exemplo de compromisso e militância
A esquerda abertzale manifestou a sua alegria pela saída da prisão do seu histórico militante, «um exemplo de compromisso e militância» com uma larga trajectória política que «foi julgada no sumário 18/98».
Salienta o facto de que Elkoro foi encarcerado por esse trabalho político, apesar da sua idade e estado de saúde, no que «constituiu um exemplo da flagrante violação de direitos a que são submetidos os presos políticos bascos».

Assim, exige a imediata libertação dos prisioneiros com doenças graves. «Só através do respeito por todos os direitos é que poderemos alcançar um cenário de democracia real em Euskal Herria», afirma, antes de reiterar a continuidade do trabalho por um cenário em que «a existência de presos e presas políticas seja uma questão do passado. Um cenário de democracia em que todas as pessoas em Euskal Herria vejam respeitados os direitos que lhes assistem».
Fonte: Gara

Ver também: «Ongi etorri, Jose Luis!» (ezkerabertzalea.info)

presos bascos em greve de fome em Meaux-Chauconin
Por outro lado, o preso político algortarra Iker Beristain encontra-se em greve de fome na prisão de Meaux, uma vez que não deixam ver a sua filha, segundo fez saber o Movimento pró-Amnistia. Nesta prisão, há mais presos políticos bascos - Iñaki Arietaleaniz, Beñat Aginagalde e Alex Uriarte -, que iniciaram também um período de jejum, em solidariedade. (Gara)

Refugiados políticos, livres em Euskal Herria
No domingo, vai ser reivindicado o direito de todos os refugiados políticos a viverem livres em Euskal Herria. Haverá um encontro e acto político em Ezkio-Itsaso (Gipuzkoa), às 12h30.
(apurtu.org)