Arturo Cubillas, cidadão basco-venezuelano, solicitou ao Ministério Público venezuelano que investigue se Xabier Atristain e Juan Carlos Besance «foram submetidos a tortura ou qualquer outro tipo de coacções nos seus depoimentos». Um magistrado irá investigar os factos.
O Ministério Público venezuelano nomeou um magistrado na sequência do pedido feito por Arturo Cubillas para que se proceda a uma investigação para «apurar a veracidade das alegadas declarações» de Xabier Atristain e Juan Carlos Besance - detidos pela Guarda Civil no dia 29 de Setembro e que afirmaram ter sido torturados -, «sobre os quais a imprensa espanhola diz terem estado na Venezuela, e fazendo referência» a ele mesmo, e para esclarecer se «foram submetidos a tortura ou qualquer outro tipo de coacções nos seus depoimentos».
O magistrado Richard Monasterios terá a investigação a seu cargo, solicitada por Cubillas num documento enviado à Procuradoria da Venezuela, tendo em vista a falta de defesa em que se encontra.
Cubillas constata no seu documento que «foram muitas as notas de imprensa através das quais se procura atribuir a minha participação em actos puníveis, o que provocou um descrédito continuado à minha pessoa e à minha família, afectando de maneira considerável a minha dignidade e reputação».
Perante o magistrado, afirmou que «não tinha nada a temer e manifestou a sua vontade de colaborar na investigação», explicou à Efe Marino Alvarado, advogado que o assistiu na Procuradoria.
Após a nomeação do magistrado, o Ministério Público venezuelano referiu que «Cubillas Fontán solicitou ao Ministério Público que se iniciasse uma investigação na sequência das acusações públicas efectuadas em diversos órgãos de comunicação que o relacionam com a ETA e as FARC, ligação que teria permitido o treino de membros da ETA na Venezuela».
Fonte: Gara
VER: «Escrito presentado en Fiscalía de la República por el ciudadano vasco-venezolano Arturo Cubillas Fontán» (aporrea.org / kaosenlared.net)
«Advogado dos alegados membros da ETA afirma que os depoimentos sobre os treinos na Venezuela foram feitos sob tortura. Magistrado venezuelano irá investigar» (TeleSur / kaosenlared.net)
Aiert Larrarte, advogado de defesa, em entrevista à Telesur
Aiert Larrarte, advogado de defesa Atristain e Besance, afirma que estes estiveram cinco dias incomunicáveis, ao abrigo da lei de antiterrorismo, durante os quais foram torturados.