Embora a condição do preso Txus Martín conheça melhoras, o Movimento pró-Amnistia alerta que «ainda permanece sozinho na secção de isolamento». O preso político de Basauri encontra-se encarcerado há nove anos no Estado francês, depois de ter sido preso em 2002, acusado de «pertencer à ETA», e passou cinco anos em situação de isolamento. No dia 25 de Setembro tentou pôr fim à vida cortando as veias. Semanas depois, as autoridades francesas mantêm o prisioneiro na mesma situação, na prisão marselhesa de Aix Luynes.
O movimento anti-repressivo afirmou que na origem desta tentativa de suicídio está a política prisional e o isolamento imposto, isto tendo em conta os problemas psicológicos a ele associados e a forma como o preso foi tratado, com medicamentos fortes que lhe provocaram perdas de noção de tempo e de memória.
Martín já cumpriu a pena a que foi condenado pela Justiça gaulesa em finais de Abril. O Estado espanhol pediu que fosse entregue; o preso empreendeu uma greve de fome de 23 dias como forma de protesto, o que levou à sua hospitalização.
Entretanto, em Basauri (Bizkaia) organizaram iniciativas e actos para denunciar a situação que vive o seu conterrâneo. Hoje, por exemplo, vão tirar uma fotografia com muita gente em solidariedade com Martín, que depois lhe será enviada. Para além disso, entre amanhã e quinta-feira vão dirigir-se até à prisão de Aix Luynes para levar todo o calor e apoio possíveis ao preso. Com vista à mobilização a favor dos presos da última sexta-feira do mês, o Movimento pró-Amnistia está a recolher apoios entre organizações da localidade.
Por seu lado, a página askatu.org passou a exibir uma carta dirigida ao director da prisão marselhesa na qual exige que Martín possa estar com outros presos bascos «pondo assim fim à sua situação de incomunicação e facilitando a sua recuperação». Também pede que a família receba informação «periodicamente» sobre a saúde do preso. Pedem que as pessoas «enviem cartas de forma massiva», para que o director «tome medidas».Mobilizações pelos presos
As concentrações a favor dos presos repetiram ontem em diferentes localidades bascas. Em Altsasu juntaram-se 45 pessoas, 22 em Ataun, 32 no bairro pasaitarra de Txintxerpe, 15 em Ordizia, 71 em Ondarroa, 17 no bairro donostiarra de Altza e 10 em Añorga, 15 em Bermeo, 19 em Zaldibar e 15 no bairro bilbaíno de Zorrotza.
Fonte: Gara
Igor Alvarez foi transferido seis vezes em pouco mais de um ano
Igor Alvarez, natural de Donostia, foi preso e encarcerado na prisão de Martutene em Junho de 2009 para cumprir uma pena de prisão de dois anos. O Movimento pró-Amnistia chama a atenção para o facto de, desde essa altura, ter mudado de prisão seis vezes, afirmando que «as transferências são outra face da política de dispersão e que buscam impedir a estabilidade do recluso».
Assim, o preso donostiarra, depois de dar entrada em Martutene, foi levado para Daroca e posteriormente para Villanubla, no dia 31 de Dezembro de 2009. Em Abril transferiram-no para Valdemoro, onde esteve um mês, já que depois foi levado para Alcalá-Meco e em Julho novamente para Villanubla. Nesta última prisão, permaneceu em regime de isolamento dois meses, tendo sido agora enviado para o centro penitenciário de Castelló II.
Fonte: Gara