Segi: «Este novo ataque mostra que estamos no bom caminho»
A GaztEHerria destaca o trabalho público dos detidos em prol da resolução do conflito
A esquerda abertzale destaca que a juventude basca «está a dar passos no processo democrático»
EA: «É uma tentativa de o Estado torpedear o processo, que é irreversível»
Desde o início da operação decretada pelo juiz Fernando Grande-Marlaska estão-se a efectuar buscas em casas e outros locais relacionados com os jovens detidos, que se encontram incomunicáveis, segundo indicou o Movimento pró-Amnistia.
300 agentes da Polícia espanhola participam nas detenções que ocorreram em Barcelona, Bizkaia, Araba, Nafarroa e Gipuzkoa e que o Ministério do Interior espanhol diz representarem «a desarticulação da estrutura da direcção da Segi».
Na Bizkaia foram detidos Xabat Morán Ruiz (Deustu), Imanol Beristain (Erromo), Rubén Villa (Sestao), Xabi Bidaurre (Galdakao) e Ikoitz Arrese (Bilbo).
A Polícia carregou sobre as pessoas que davam apoio a Morán, tendo agredido pelo menos uma delas com os cacetetes, tal como o fizeram em Erromo a quem manifestava solidariedade a Beristain.
Em Araba prenderam Igarki de Robles e em Barcelona, onde estuda, a arabarra Marina Sagastizabel.
O Movimento pró-Amnistia informa que a Polícia entrou também nas casas de Bergoi Mardaraz e de Aiala Zaldibar, em Gasteiz, mas sem os ter encontrado.
Em Gipuzkoa, detiveram Julen Zuaznabar (Astigarraga) e Ainara Ladrón (Elgoibar). Esta jovem foi detida ao meio-dia em casa de Edu Castillo, jovem que permanece desde então retido em casa sob vigilância policial. Os agentes disseram à sua família que não se encontrava detido, mas também não o deixam ir-se embora.
Entraram ainda nas casas de Beñat Lizeaga e Aitziber Plazaola, que não se encontravam nelas, em Zumaia e Bergara, respectivamente. No bairro donostiarra de Intxaurrondo tentaram prender Jazint Ramírez, mas também não estava.
Carga em Burlata
Em Nafarroa, os detidos são Ibon Esteban, em Errotxapea; Ander Maeztu (Antsoain), Egoi Irisarri (Donibane), e Imanol Salinas e Xabier Arina, detidos ambos em Burlata, segundo indicou o Movimento pró-Amnistia.
Nessa localidade informaram que a Polícia agrediu um jovem na cabeça com o cacetete e disparou tiros para o ar para dispersar as pessoas que se tinham juntado para mostrar o seu apoio a Xabier Arina, uma vez concluídas as buscas ao seu domicílio.
Carga em Burlata
Em Nafarroa, os detidos são Ibon Esteban, em Errotxapea; Ander Maeztu (Antsoain), Egoi Irisarri (Donibane), e Imanol Salinas e Xabier Arina, detidos ambos em Burlata, segundo indicou o Movimento pró-Amnistia.
Nessa localidade informaram que a Polícia agrediu um jovem na cabeça com o cacetete e disparou tiros para o ar para dispersar as pessoas que se tinham juntado para mostrar o seu apoio a Xabier Arina, uma vez concluídas as buscas ao seu domicílio.
«Listas negras» Irisarri e Arina são dois dos jovens incluídos nas «listas negras», relação que inclui nomes de jovens que foram incriminados em depoimentos realizados em regime de incomunicação em instalações policiais, apresentadas há dois anos em Nafarroa. Ambos se mostraram dispostos a comparecer perante o juiz.
Salinas foi julgado há três semanas na Audiência Nacionaal espanhola e encontra-se a aguardar sentença.
Grande-Marlaska decretou em Novembro do ano passado uma outra grande operação contra os jovens da esquerda abertzale, com o mesmo argumento de «desarticular a estrutura da direcção da Segi».
Dezenas de buscas
Tal como daquela vez, o juiz autorizou a entrada em casas e estabelecimentos de diversos tipos, desde caves até gaztetxes. Soube-se que os polícias entraram já em casas de Bolueta, Galdakao, Portugalete, Durango e Larrabetzu, bem como num mercado e nas herrikos de Deustu e Erromo.
Também efectuaram buscas nos gaztetxes de Zumaia e Gros (Donostia), bem como no de Larrabetzu; ainda na sociedade Zipotza, em Astigarraga, na Kimetz elkartea, em Elgoibar, e no espaço da associação de moradores de Donibane, em Iruñea.
O ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, afirmou que operação continua em aberto e que «as pesquisas permitem pensar» que algum dos detidos cometeu actos de kale borroka.
Preo
cupação com o estado dos detidosDepois de expressar a sua preocupação com o estado dos detidos, o Movimento pró-Amnistia ressaltou que o Executivo espanhol mantém a sua «aposta cega na repressão».
«Tendo em conta os passos políticos que se estão a dar em Euskal Herria, as detenções, a tortura, a prisão, a dispersão e a proibição constituem a resposta de Madrid», constata, antes de sublinhar que se quer debilitar o movimento independentista através da repressão.
Mobilizações
Foram convocadas mobilizações para Astigarraga, Sestao, Larrabetzu, Galdakao, Santutxu, Durango e Burlata às 20h00; para Bergara, às 19h00; para Zumaia e Santurtzi, às 19h30; e para Erromo-Itzubaltzeta, às 20h30.
Fonte: Gara
Ver também: apurtu.org
Na foto de cima: a Polícia com material antimotim na presença das pessoas que se concentraram em Erromo (Bizkaia) durante as buscas à herriko taberna da localidade.
Na foto de baixo: a Polícia efectua buscas numa casa em Larrabetzu (Bizkaia).
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ATXILOTUAK ASKATU!
