A Audiência Nacional espanhola decretou a «suspensão de actividades» da organização independentista Causa Galiza por um ano, que pode ser prorrogável, e manteve as graves acusações contra nove militantes, presos a 30 de Outubro último na chamada Operação Jaro, de «enaltecimento do terrorismo» e «integração em grupo armado».
Com esta decisão, alegadamente o tribunal de excepção quer proteger «futuras vítimas» e evitar a repetição de «acções criminosas». E a «criminosa» Causa Galiza é acusada, nomeadamente, de divulgar mensagens contra a monarquia e o Estado espanhol, e de participar em actos públicos sobre a história do independentismo galego. A confirmação da ilegalização vem a público depois de, no dia 8, Joám Peres, representante legal da Causa Galiza, ter dado uma conferência de imprensa sobre o recurso apresentado pela defesa que anulou a decisão do tribunal em primeira instância, com o argumento de que a suspensão da Causa Galiza por um período de dois anos, sem ter ouvido a organização, constituía uma violação.
Em comunicado, os nove independentistas afirmam que a decisão é «um disparate judicial e político que visa, exclusivamente, impedi-los de trabalhar politicamente». Reiteram, ainda, que a Causa Galiza, que faz vida pública desde 2007, «sempre agiu com métodos legais ao serviço do Povo Galego e da causa independentista», e defendem que, se «trabalhar em prol do direito de autodeterminação e da independência como soluções estratégicas para os problemas do desemprego, emigração, espólio territorial, assimilação, etc., que a Galiza sofre, é terrorismo, então milhares de galegas e galegos são terroristas». Terminam, afirmando que se manterão fiéis aos princípios «patrióticos e socialistas» face a uma Espanha que não tem «nada para dar ao povo galego». / Na sequência, ler: «Operação Jaro, começa a "caça aos militantes"», em Terra Liberada
sábado, 13 de fevereiro de 2016
A AN espanhola ilegaliza novamente a Causa Galiza
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