
No palco, assumiu destaque a silhueta vazia de Karmele, a figurar o vazio que a sua morte deixou em Barañain. Ao longo de uma hora e meia, houve várias actividades centradas na dispersão, como representações teatrais, uma abordagem às últimas décadas, actuações musicais, bertsos, monólogos, paródias e projecção de vídeos, que tiveram o momento mais emotivo na recordação do acidente que, em Dezembro de 2004, custou a vida a Solaguren e provocou graves ferimentos ao seu marido, José Luis Guerra.
A sessão contou também com a intervenção de mães de presos, que falaram «da angústia e da ansiedade» geradas pelas longas viagens às prisões para poder ver os seus filhos apenas uns minutos. Por seu lado, um ex-preso falou da preocupação com que, nas celas, aguardam as visitas de familiares e amigos.
Membros da Karmele Gogoan recordaram que «houve 16 visitas que não chegaram em viagens que jamais deviam ter existido». No final, anunciaram que vão propor a colocação de um monumento evocativo a Karmele Solaguren, «um primeiro passo para o reconhecimento». / Ver: naiz, ahotsa.info e Berria