Ontem de manhã, 150 trabalhadores/as deram seguimento às mobilizações levadas a cabo a 18 de Janeiro e 2 de Fevereiro, realizando uma paralisação de quatro horas por turno e concentrando-se para exigir que a empresa lhes pague o que lhes deve.
A situação de conflito na fábrica da Zelain Transformados, localizada em Lesaka (Nafarroa) e onde laboram 350 trabalhadores/as, não é nova. Pese embora estar integrada no Grupo Condesa – líder europeu de tubo de aço sem soldadura, com mais três fábricas no País Basco e outras cinco no Estado espanhol, em França e na Alemanha –, em Março de 2014 a administração começou a falar em problemas «de abastecimento de matéria-prima» devido a «questões de tesouraria». Para os trabalhadores, era evidente a má gestão da empresa.
A situação foi-se agravando e a luta dos trabalhadores foi crescendo, na medida em que pouco sabiam sobre as soluções procuradas. No dia 29 de Janeiro, soube-se que a UE aprovou a aquisição de várias fábricas do grupo Condesa, entre elas a Zalain Transformados, pela Arcelor Mittal e um consórcio de bancos. No entanto, a incerteza mantém-se e os trabalhadores continuam determinados a lutar pelos seus direitos, defendendo que a questão não é de «tesouraria», mas de «opção estratégica». / Ver: LAB e ELA