No ano em que se assinala o 40.º aniversário da «matança de Gasteiz», a plataforma Herri Ekintza [Acção Popular], «ponto de encontro do movimento popular de Gasteiz», surge com o propósito de recordar o que se passou a 3 de Março de 1976. Não quer, contudo, limitar a sua acção a uma perspectiva passadista, mas aproveitar as lições de antanho para as actualizar na luta e na construção do futuro.
A apresentação da plataforma realizou-se, hoje, junto à igreja de São Francisco, no bairro operário de Zaramaga, em Gasteiz, onde há quase 40 anos cinco trabalhadores foram assassinados pela Polícia Armada. Os trabalhadores estavam então reunidos em assembleia – um importante meio de organização para a luta, primeiro nas fábricas, depois nos bairros e escolas, como hoje foi sublinhado.
A Herri Ekintza quer evocar aquilo que se passou a 3 de Março, «prestar uma sincera homenagem aos trabalhadores assassinados, aos que ficaram feridos, bem como a todos os homens e mulheres que participaram naquela luta». No entanto, «não pretende ficar-se apenas pela comemoração de uma evocação trágica»: «Queremos trazer para a realidade de hoje a essência ideológica que o 3 de Março de 1976 encerra», disseram, acrescentando ser seu propósito recuperar o espírito de luta, que muitos julgam extinto, «por via do conhecimento e da consciencialização».
Assim, apelam ao movimento popular para que assuma grande protagonismo nestas comemorações que «pertencem ao povo e à classe trabalhadora». Para já, existe um amplo programa de actividades agendado entre 10 de Fevereiro e 5 de Março, a desenvolver em diversos espaços de Gasteiz. / Ver: BorrokaGaraiaDa e topatu.eus
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
Herri Ekintza: o movimento popular na recuperação da luta do 3 de Março
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