segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Bascos reafirmam oposição à reabertura da central nuclear de Garoña

Vinte e cinco organizações (partidos políticos, sindicatos, grupos ecologistas) e 12 figuras do mundo académico, cultural, desportivo manifestaram na sexta-feira, dia 26, em Bilbo, a sua adesão ao manifesto do Fórum contra Garoña, assumindo o compromisso de cancelar os contratos de electricidade com a Iberdrola e a Endesa, empresas que «querem reabrir Garoña e instalar um armazém de resíduos radioactivos junto ao Ebro».

Os promotores da iniciativa sublinharam que a central foi projectada para 40 anos e que, agora, se pretende prolongar a sua existência por mais 17; uma «situação sem precedentes», já que é a primeira vez que um governo «quer reabrir e prolongar a actividade de uma central nuclear até aos 60 anos», afirmaram. Em sentido inverso, recordaram os casos da Alemanha e da Bélgica: no primeiro caso, vão ser encerradas todas as centrais; no segundo, vão ser encerrados dois reactores antigos, idênticos aos de Garoña e Fukushima, por não garantirem a segurança a longo prazo.

No manifesto, recorda-se ainda as catástrofes humanas e económicas de Chernobil e Fukushima: 200 mil mortos, 500 mil deslocados e mais de 680 mil milhões de euros de perdas. Um acidente nuclear junto ao Ebro teria consequências tremendas, alertam. / Ver: garonarekinmoztu.net e argia