Cerca de uma centena de trabalhadores da fábrica da ACB [Acería Compacta de Bizkaia] em Sestao e de empresas subcontratadas concentraram-se hoje frente à Torre Iberdrola, em Bilbo, para protestar contra o elevado custo da energia e denunciar o «jogo» das multinacionais. Sublinhando a necessidade de soberania para o País Basco ao nível da política industrial, o sindicato LAB afirmou que «na luta de hoje está o emprego de amanhã» e recordou que o encerramento da ACB põe em causa mil postos de trabalho.
Fontes do LAB referiram que as inscrições nas duas faixas que os trabalhadores mostraram – «ACB aurrera» e «Vuestra riqueza es nuestra miseria» – se destinavam tanto à Iberdrola, devido às «tarifas abusivas» da energia, como à Arcelor Mittal, que «não tem problemas» em encerrar uma fábrica como a ACB.
As mesmas fontes disseram que a concentração frente à Torre Iberdrola visava «complementar» a que estava a decorrer em Bruxelas contra o «dumping» do aço chinês. Contudo, os sindicalistas do LAB fizeram questão de afirmar que nem este sindicato nem o ELA quiseram enviar uma representação a Bruxelas, porque o que é importante é denunciar a acção das multinacionais em Bilbo e não fazer o «jogo» dos «senhores do aço que mandam fechar as empresas», em Bruxelas.
Por outro lado, no Congresso espanhol uma deputada do EH Bildu defendeu a necessidade da «criação de instrumentos de soberania para garantir o futuro da indústria basca» e questionou o Governo espanhol sobre o impacto do alto preço da energia na indústria e sobre as medidas que tomará face ao «dumping». / Ver: LAB industria e EH Bildu