A greve de 9 (22) de Janeiro de 1917 foi o arauto da revolução, que eclodiu nos centros mais importantes do império. Só na Capital, Petrogrado, 145 000 operários participaram na greve. Às centenas de milhares, os manifestantes percorriam as ruas das cidades com bandeiras vermelhas e as palavras de ordem «Abaixo a autocracia!», «Viva a república democrática!». A polícia dispersou as massas. Mas já era tarde de mais para salvar o trono do tsar pelo terror.
A capital tornou-se palco de acções (quase sem um dia de interrupção) do proletariado contra a guerra e a autocracia. Durante Janeiro, 270 000 operários fizeram greve, dos quais 177 000 na Capital.
O novo e contínuo ascenso da luta política aberta dos operários uniu em volta deles as diferentes torrentes do movimento revolucionário do país. Crescia o movimento dos camponeses mais pobres, cujas acções adquiriram grande envergadura em Janeiro de 1917.
O que queria o povo? Queria paz, pão e trabalho, os camponeses queriam a terra que trabalhavam. As nacionalidades oprimidas reclamavam liberdade. Todo o povo exigia direitos cívicos. (Ver: centenario19172017)