quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Ares quer converter os cidadãos em colaboradores da Ertzaintza


O conselheiro do Interior do Governo de Gasteiz, Rodolfo Ares, pediu ontem aos cidadãos, mais uma vez, que colaborem com a Ertzaintza, denunciando a presença de cartazes, faixas ou inscrições que, em seu entender, possam violar a lei ao fazerem referência aos perseguidos políticos.

A Bilboko Konpartsak considera a abertura do processo um ataque à Aste Nagusia
[o processo diz respeito às konpartsak Txori Barrote e Kaskagorri]

O conselheiro do Interior de Lakua, Rodolfo Ares, pediu ontem aos cidadão que «denunciem ou comuniquem» à Ertzaintza a presença nas ruas de faixas, cartazes ou inscrições que violem a lei de «Reconocimiento y Reparación de Víctimas del Terrorismo».

Segundo indicou, esta medida possibilitaria aos agentes da Polícia autonómica ser «más eficaces y rápidos» na «política de tolerancia cero» que diz aplicar desde a sua chegada ao Departamento do Interior.

Ares recordou que nos últimos seis meses a Ertzaintza realizou um total de 3520 intervenções para remover cartazes, faixas ou fotografias e louvou o trabalho dos agentes, além de fazer um balanço «muy positivo» da sua política de «tolerancia cero».

O conselheiro do Interior destacou também o acordo alcançado com a Eudel em Setembro porque, em seu entender, «refuerza la idea de unidad» e demonstra que todas as administrações estão «comprometidas» nesta tarefa.

Ares proferiu estas declarações numa conferência de imprensa realizada na sede do PSE em Bilbau, depois da reunião que o conselheiro manteve com autarcas do seu partido representados na Eudel [associação de municípios bascos] para «intensificar» as medidas para «erradicar los espacios de impunidad en las calles vascas».


Neste sentido, o presidente da Câmara de Portugalete, Mikel Torres, afirmou que os municípios do PSE vão trabalhar no sentido de expandir as ordenanças municipais para que seja possível encerrar imediatamente uma txosna que viole a Lei das Vítimas e que, como elemento dissuasão, se contemple a possibilidade de proibir a sua presença. Ares matizou que estas sanções administrativas são independentes dos processos penais na Audiência Nacional.
Fonte: Gara
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Na foto, Ares com o presidente da CM de Bilbau, que não é do seu partido, mas que é Azkuna.