domingo, 29 de novembro de 2009

Marlaska manda 31 jovens para a prisão entre denúncias crescentes de tortura


O maior ataque à juventude independentista salda-se com 31 presos políticos e umas quantas denúncias de tortura, que se agravam com o número de dias passados sob regime de incomunicação em poder das FSE.

Só o galdakaoarra Joseba Dalmau foi posto em liberdade após cinco dias sob regime de incomunicação, pois os gasteiztarras Aitor Liguerzana, Unai Ruiz e Jagoba Apaolaza, as donostiarras Maialen Eldua e Garazi Rodríguez, o sestaoarra Mikel Totorika, o tolosarra Haritz López, o andoaindarra Euken Villasante, e o elorriotarra Ibai Esteibarlanda passaram a engrossar a longa lista de jovens encarcerados por ordem do juiz da Audiência Nacional espanhola, ex-TOP, Fernando Grande Marlaska.

35 detenções ao todo
Além destes dez, que ontem ficaram a conhecer a sua sorte, o jovem barañaindarra Iker Martínez compareceu no tribunal de excepção horas depois de ter sido detido por agentes da Guarda Civil nas imediações do dito tribunal. Este navarro encontrava-se, segundo parece, entre os jovens que a Polícia espanhola e a Guarda Civil queriam prender na noite das facas longas, a de segunda para terça, pelo que ontem tentou apresentar-se na AN espanhola, acompanhado pelo seu advogado, para prestar declarações na presença do juiz que tinha decretado a sua detenção. No entanto, Martínez foi interceptado antes por agentes da instituição armada e já só entrou no tribunal de excepção algemado. Finalmente, depois de ser presente ao juiz, deixou o tribunal madrileno para trás, em liberdade.

Além de um terceiro dia de longa espera, os familiares dos dez últimos jovens a comparecerem em tribunal ficaram a saber, angustiados, da forma «dura e violenta» como os jovens encarcerados na véspera tinham sido tratados, de acordo com as denúncias que fizeram.

Os jovens que tiveram possibilidade de ver os seus familiares relataram os maus tratos a que foram submetidos tanto por parte da Polícia espanhola como por parte da Guarda Civil, precisando ter sofrido, além das pressões psicológicas denunciadas pelos encarcerados na quinta-feira, empurrões e agressões físicas contínuas. Um jovem referiu com maior detalhe «ter sido levantado pelos agentes que o tinham à sua guarda, agarrando-o pelo pescoço e ameaçando-o enfiar-lhe a cabeça num balde de água».

Notícia completa: Gara