Como todos os anos, a organização internacionalista basca Askapena mandou para a Argentina um grupo de jovens activistas, que, além de trocarem experiências com organizações populares (políticas e sociais), se interessam pela situação das fábricas recuperadas pelos seus trabalhadores na sequência das jornadas de 2001.
No grupo de activistas há militantes do partido independentista Sortu, do movimento juvenil Ernai, da central sindical LAB e da organização Herrira, que luta pela liberdade dos presos e das presas.
Na sexta-feira passada, dia 2, os Euskal Herriaren Lagunak (Amigos do Povo Basco, Capítulo Argentina) organizaram uma iniciativa para lhes dar as boas-vindas ao país - um popular «ongi etorri» que teve lugar na Taberna Internacionalista Basca, em Buenos Aires.
Neste contexto, os activistas apresentaram um extenso relatório sobre a situação actual em Euskal Herria, falaram do imobilismo dos estados espanhol e francês perante a proposta de paz formulada pela esquerda independentista, da luta da população por uma ampla amnistia para os presos e as presas, da construção do processo face às manobras espanholistas que o pretendem deslegitimar, continuar na via da repressão e provocar mais dor no seio do povo basco.
O debate contou com a participação especial da lutadora mapuche Moira Millán, que, para além de saudar a luta do povo basco, falou da luta que o seu próprio povo trava.
Depois de um intenso debate, das perguntas de quem assistia e das respostas subsequentes, seguiu-se um jantar popular, no qual, como sempre, se pôde ouvir boa música.
Desta vez ouviu-se o cantor uruguaio Jorge Guichón, que brindou os activistas bascos com excelentes temas do folclore oriental e terminou a sua actuação com todo o público a cantar o «Hasta siempre», de Carlos Puebla, dedicado ao Comandante Che Guevara. / Fonte: askapena.org