segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Para o Herrira, as múltiplas proibições visam desviar as atenções

Numa nota, o movimento Herrira denunciou as proibições de actos de todo o tipo, nas últimas semanas, por parte das delegações do Governo espanhol em Nafarroa e na Comunidade Autónoma Basca.

«Para tal, basta pôr em qualquer iniciativa o carimbo da apologia do terrorismo e da humilhação às vítimas, algo que só vê quem quer manter o conflito nesses parâmetros», diz o movimento de defesa dos direitos dos presos políticos no texto, para afirmar em seguida que «pedir a libertação de um preso com cancro ou exigir o fim da dispersão não é apologia do terrorismo».

E prossegue: «Também não constitui humilhação às vítimas o facto de as pessoas presas e os seus familiares serem senhores dos seus direitos humanos, civis e políticos, tal como os demais cidadãos deste país».

Para o Herrira, o Governo do PP é o «único interessado em mover-se nos terrenos da apologia e das falsas polémicas», para assim «desviar as atenções do que realmente preocupa a maioria da sociedade neste país: as graves violações de direitos humanos» sofridas pelos presos políticos bascos e todo o seu meio afectivo».

Assim, refere a nota, «censurável não é pedir o respeito pelos direitos humanos de certas pessoas», mas o facto de o Governo espanhol «os violar de modo flagrante, mantendo e endurecendo a política de dispersão, maltratando e privando de liberdade os presos doentes ou prolongando as penas de quem já as cumpriu, contra a sentença do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem».

Desta forma, o Herrira, para além de expressar a sua solidariedade às pessoas afectadas pelas várias proibições, incentivou a sociedade basca «a não cair nas provocações do Partido Popular, que apenas procuram perpetuar o sofrimento dos presos e das suas famílias e, por extensão, de todos os cidadãos».

No final da nota, afirma-se: «devemos tornar-nos fortes naquilo que nos querem tirar: a defesa dos direitos humanos, a resolução e a paz. E activar todos os sectores sociais nas dinâmicas de massas que obriguem o Governo a mudar de forma radical e imediata a sua política penitenciária». / Fonte: herrira.org [em euskara aqui