Na terça-feira passada, dia 27, o movimento Eleak deu uma conferência de imprensa na capital guipuscoana para apresentar a iniciativa que terá lugar no próximo dia 1 de Setembro. Na ocasião, falou Txerra Bolinaga, do Eleak, tendo sido ajudado por Agus Rodríguez, Joseba Álvarez e Juan Lizaso, imputados no processo 35/02.
Bolinaga disse que o período de férias está a chegar ao fim, mas que, no que às liberdades fundamentais diz respeito, as férias continuam. E deu exemplos. A ilegalização das nomeações da txupinera de Bilbo e do pregoeiro de Laudio (Araba), as «vergonhosas punições judiciais» contra «os 5 [grevistas] da Estafeta», entre outras situações, deixaram bem claro que a «mínima dissidência, qualquer expressão popular» é logo alvo da repressão. «Nada de novo debaixo do céu, portanto», afirmou.
Se alguma coisa de novo houve, foram «novos passos repressivos a ter em conta», disse Txerra Bolinaga, para depois se deter mais detalhadamente no caso dos jovens de Barañain (Nafarroa) Luis e Xapo, que «decidiram esconder-se para tornar visível a sua situação e a de muitos outros». Depois de Gasteiz, Bilbo, Orereta, Donostia, Ondarru… a dinâmica popular prossegue em Iruñerria.
Tal como o Eleak já tinha avisado, «à medida que a desobediência fosse crescendo, era de prever que a repressão aumentasse». E foi o que se verificou. Inúmeras multas a pessoas que participaram em mobilizações e actos públicos em Iruñea e Barañain; as ruas desta última localidade ocupadas pela Polícia; buscas numa casa para tentar prender Luis e Xapo e, assim, assustar todos aqueles que estejam dispostos a ser solidários.
Perante este cenário, o Eleak defende que é preciso intensificar a via da desobediência, mas aprofundando o seu «carácter popular, público e massivo».
JULGAMENTOS a partir de Setembro
A partir de Setembro, começa, em Bilbo, o julgamento dos grevistas de Deustu e, em Madrid, têm início os julgamentos de 36 cidadãos bascos imputados no processo 35/02 e de 40 jovens independentistas. «Em Euskal Herria, há 43 terras que têm alguém envolvido num destes julgamentos», disse Bolinaga.
«Há cerca de 260 pessoas a aguardar julgamento ou à espera de sentença», prosseguiu. «E, no futuro, serão muitas centenas mais se não conseguirmos a pressão popular suficiente para o evitar. Porque, se não acabarmos com as políticas de excepção, estas injustiças jamais passarão de presente a passado».
Assim, aproveitando o início das regatas da Kontxako Bandera, no dia 1 de Setembro o Eleak leva a cabo uma nova iniciativa com vista ao reforço do Muro Popular, que nesta ocasião será um Ur Harresia [muro de água], no porto de Donostia.
O Eleak convida toda a gente a estar a presente, para «refrescar os arguidos, defender os direitos civis e políticos, afastar o ar irrespirável da repressão e afogar os agressores nas ondas do compromisso». É às 12h30, no Kaiku arraplan. / Ver: boltxe.info, Eleak e naiz.info
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
De novo o Muro Popular contra a repressão, agora nas águas de Donostia
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