Cerca de cem pessoas participaram ontem, em Gasteiz, na concentração solidária com o povo palestiniano e contra a actuação das autoridades israelitas, convocada pela Askapena para a Praça da Virgem Branca. Igor Goikolea, detido na Palestina pelas forças sionistas, já se encontra em Euskal Herria e encontra-se bem, mas não esteve presente na concentração, tendo ficado a descansar.
Detido na sexta-feira passada na localidade palestiniana de Al-Ma'sara, perto de Belém, o activista basco passou dois dias em poder das autoridades israelitas e regressou ontem a Gasteiz. No entanto, aquilo que se passou este fim-de-semana, nas 60 horas da sua detenção, atado e com os olhos tapados, ficará gravado na sua memória.
Na concentração, uma jovem leu aos presentes uma carta escrita por Igor, na qual este reconhece que «passou dias duros. Incomunicável, isolado, com os olhos tapados e com as mãos e as pernas atadas com correntes», mas em que sublinha a necessidade de olhar em frente e prosseguir com o apoio à Palestina. Agradeceu o apoio recebido e recordou os activistas que ainda lá estão.
Em seguida, um elemento da Askapena denunciou a detenção do elemento da brigada solidária basca, tendo recordado que outras três pessoas foram detidas com ele: um jovem italiano e dois cidadãos palestinianos. Estes últimos, tal como advertiu a organização internacionalista, caíram em poder de militares que actuam «com toda a impunidade».
Em relação à expulsão de Goikolea, a Askapena referiu que não é a primeira vez que activistas bascos são expulsos de um país. «Nos anos que enviámos brigadas para a Palestina, Israel expulsou muitos activistas e, nalguns casos, impediu-os de lá ir. Seja como for, para nós é claro que vamos continuar a construir pontes com o povo palestiniano», afirmou. / Ver: Gara
Carta de Igor e comunicado da Askapena
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Concentração em Gasteiz: solidariedade com Igor e com a Palestina
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